Conselho De Classe: Que Espaço É Esse? - PUC-SP
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Pode-se observar que o coordenador pedagógico expôs uma situação de uma aluna no<br />
turno 16 para os participantes refletirem e colocarem os seus pontos de vista . Apoiado em uma<br />
seqüência argumentativa, os participantes apresentam argumentos CP(20), PH (22), PP(26),<br />
PP(28), CP(29), CP(35) e contra-argumentos CP(25) e PP(30). Porém, nota-se que alguns<br />
argumentos são embasados por depoimentos práticos dos participantes, como no CP (20) (...<br />
apareceu um probleminha na aula da profª V. e eu e ela fomos bastante enfáticos. Olha A P. é<br />
o seguinte, ele tem todo direito de ficar nessa sala, certo?....) ou PP (26) ( A última vez que ela<br />
reclamou dele eu falei que tinha todo direito, você não pode fazer isso. Ele pode transitar pela<br />
sala como você. Ele pode conversar com quem quiser. Ela gritou, brigou comigo e aí no outro<br />
dia....).<br />
Nessa condução, o conselho de classe caminha para tornar-se um espaço de reflexão,<br />
investigação colaborativa, no qual os participantes procuram entender e avaliar os seus conceitos<br />
educacionais, seus próprios modos de agir, suas formas de saber, suas intenções e como agir em<br />
situações específicas, uma vez que as enunciações discursivas do mesmo tempo pressupõe e<br />
possibilita novas enunciações (Mangüeneau, 1984) e dessas diferenças atingimos objetivos<br />
compartilhados.<br />
Esta situação é diferente do primeiro e segundo conselho de classe já analisados, no entanto<br />
percebemos que os argumentos se sustentam em aspectos emocionais, sendo necessário lembrar<br />
que o conselho de classe deve ser um espaço para construir a avaliação dos alunos em aspectos<br />
cognitivos, sociais e emocionais.<br />
As regras estabelecidas não são claras, mas a partir desse conselho, percebi que o<br />
coordenador pedagógico mudou sua postura diante dos participantes, ouvindo o comentário dos<br />
professores conduziu o conselho de classe de maneira que houvesse troca de experiências, pois<br />
é possível aprender em todos os contextos (Liberali ,2003), com cada grupo de professores e<br />
sobre cada indivíduo, oportunizando transformações que envolvem o conceito de colaboração<br />
entre o grupo. Existe uma divisão de trabalho mais colaborativa, onde todos os sujeitos<br />
participam apresentando os seus pontos de vista.<br />
Com o objetivo de visualizar a construção do objeto , ou seja a avaliação dos alunos,<br />
apresento a tabela 3 abaixo com os conteúdos temáticos mais freqüentes, sendo importante