Conselho De Classe: Que Espaço É Esse? - PUC-SP
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com a atual crise na sociedade referente à educação, professores e coordenadores buscam<br />
alternativas para o seu trabalho.<br />
Abordo a formação de professores, pois o coordenador pedagógico na escola estadual de<br />
São Paulo é uma função que não necessita concurso público e somente um plano de ação dos<br />
professores interessados da escola é submetido a votação pelos demais colegas de trabalho e pela<br />
direção e de acordo com Estefogo (2001: 34) “ no que diz respeito a formação de professores<br />
reflexivos, o coordenador também tem o seu papel crucial. Ele também questiona e participa no<br />
processo de negociação para a solução de problemas levantados pelos professores”. Logo, a<br />
meu ver se pretendemos que os professores sejam reflexivos e acreditamos no papel do<br />
coordenador pedagógico, não deveria existir diferenciação na contratação dos coordenadores.<br />
No mesmo sentido, quanto à formação dos professores, Nóvoa (1995) aborda que tem-se<br />
deixado de lado o desenvolvimento pessoal, confundindo “formar” e “formar-se” e, assim, não<br />
compreende que a lógica da atividade educativa nem sempre coincide com as dinâmicas<br />
próprias da formação. Por outro lado, também, não tem valorizado uma articulação entre a<br />
formação e os projetos da instituição escolar.<br />
<strong>De</strong> acordo com Magalhães (2002, 1994b), Schon (1992,1998), Gomes (2001), Kincheloe<br />
(1997) e Celani (2002), a formação do professor está enraizada em uma concepção<br />
epistemológica que foi herança do positivismo que predominou durante o século XX. Sendo<br />
assim, existe uma formação profissional incentivando a técnica, com foco na resolução de<br />
problemas da prática através da aplicação de teorias e técnicas de investigações e estudos feitos<br />
em escolas, pois uma vez que são assimiladas através de repetição ou de treinamento acreditam<br />
que possam ser aplicadas em qualquer contexto de ensino-aprendizagem, baseado em um<br />
currículo universitário em competências práticas e na resolução de problemas no conhecimento<br />
sistemático que já foi construído.<br />
Nesse mesmo sentido, Libâneo (2000) apresenta uma reflexão referente à prática feita<br />
pelo professor, em que ele compreende o seu próprio pensamento, refletindo de modo crítico<br />
sobre a sua prática. Não é somente aprender a pensar, mas estamos abordando um pensar<br />
epistêmico que integre as capacidades básicas de pensamento com os elementos conceituais,<br />
possibilitando o ser humano a compreender o momento histórico o qual está inserido (Garcia,<br />
1996).<br />
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