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Conselho De Classe: Que Espaço É Esse? - PUC-SP

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dos discursos, procurando estabelecer nesses discursos a imagem, o controle e o poder quando<br />

são estabelecidas as regras e a divisão de trabalho dentro da atividade.<br />

Esta seção apresentou aspectos gerais dos estudos vygotskinianos com foco nos conceitos<br />

de mediação, sentidos e significados e zona de desenvolvimento proximal, que são essenciais<br />

para um trabalho de inter-relação na construção da avaliação no conselho de classe. Foram<br />

apresentados, os momentos de desenvolvimento da Teoria da Atividade e as contribuições para<br />

o desenvolvimento desta pesquisa, finalizando com o conceito bakthinianos de dialogia, parte<br />

importante desse arcabouço teórico na sustentação deste estudo colaborativo.<br />

1.5 – A análise de dados dentro do enquadre bakthiniano<br />

Nessa seção embasada nas teorias de Bakthin e Vygotsky, quanto à linguagem e<br />

constituição dos sujeitos, é enfatizado Bronckart (1997; 2006) para analisar o conteúdo temático<br />

e as seqüências prototípicas, a fim de embasar a análise de dados no capítulo 3.<br />

Os dados desta pesquisa foram analisados à luz da Teoria da Atividade sendo utilizado<br />

quadros de análise propostos por Bronckart (1997 e 2006) quanto aos aspectos mais relevantes ao<br />

estudo concreto da materialidade lingüístico-discursiva. Assim, embasado apresento uma<br />

proposta de descrição do discurso, análise do conteúdo temático e das seqüências prototípicas nos<br />

conselhos de classe.<br />

Para Bronckart (1997; 2006), o falante sempre está inserido em uma situação de ação de<br />

linguagem concebida como um conjunto de representações sociais que um determinado agente<br />

mobiliza influenciando a produção textual e relacionando com os gêneros. <strong>É</strong> através da análise<br />

do discurso que as ações humanas podem ser interpretadas. Portanto o texto é visto como<br />

resultado da ação de linguagem . Nesse mesmo pressuposto, Maingueneau (1984:13) argumenta<br />

que “os gêneros de discurso de Bakthin poderiam, provavelmente, ser considerados em sua<br />

dimensão fundamentalmente social e entraríamos nessas redes institucionais dos diferentes<br />

grupos sociais que a enunciação discursiva ao mesmo tempo pressupõe e possibilita”, já que os<br />

gêneros são organizados através de determinações contextuais e esferas de atividade<br />

oportunizando ou não os discursos (práticas de linguagem contextualizadas socialmente para<br />

depois tomarem formas textuais) entre os seres humanos.<br />

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