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Conselho De Classe: Que Espaço É Esse? - PUC-SP

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1.3. 3. – Artefato<br />

Engestrom (1999) atribui aos artefatos uma posição de destaque, porque ele designa<br />

poder aos membros de uma cultura , mas acredita que o foco da mediação deve se expandir em<br />

relação aos outros componentes do sistema de atividade. O autor faz a distinção entre os tipos de<br />

artefatos: “o que” (nomeado e descrito), “como” (processual), “por que” (diagnóstico e<br />

explanatório) e “para onde” (especulativo ou potencializador).<br />

No sistema de atividade formado pelo conselho de classe, os artefatos (planilha das salas,<br />

tarjetas de notas, atas do conselho e a linguagem) são responsáveis pela mediação entre o sujeito<br />

e objeto. Sendo assim, o domínio de suas propriedades é crucial para a construção do objeto. O<br />

coordenador pedagógico e os professores precisam desses artefatos, já que é através deles que<br />

ocorre “... um processo colaborativo e dialógico, em que diferentes perspectivas (...) e vozes (...)<br />

se encontram, colidem e se fundem.” (Engestrom, 1999), ou seja a construção do objeto.<br />

1.3.4 - Objeto e Motivo<br />

<strong>De</strong> acordo com Engestrom (1999), objeto e motivo são considerados, por Leontiev, a<br />

mesma coisa e podemos observar que a atividade res ulta dos conflitos e da convergência dos<br />

motivos dos participantes.<br />

Nesse sentido, é importante salientar que as atividades são diferenciadas pelo objeto e a<br />

sua transformação do objeto integra os elementos de um sistema de atividade. Este estudo<br />

analisa a construção do objeto avaliação dos alunos da Educação de Jovens e Adultos no Ensino<br />

Médio.<br />

Leontiev (1977/2003), em seus estudos, fez distinção entre motivos materiais, objetivos e<br />

afetivos da atividade, porque para ele o motivo é traduzido em ato físico através de um objetivo ,<br />

impulsionando a atividade e transformando o mundo exterior.<br />

Ao observar a figura 5, o objeto está circundado por uma elipse para demonstrar que as<br />

ações orientadas para o objeto são caracterizadas por surpresa, interpretação, ambigüidade e<br />

potencial para a mudança, porque “... objeto e o motivo de uma atividade são algo como um<br />

mosaico em constante evolução, um padrão que nunca está inteiramente acabado” (Engestrom ,<br />

1999).<br />

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