Conselho De Classe: Que Espaço É Esse? - PUC-SP
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ealidade histórica, com espaços e tempo definidos. <strong>É</strong> preciso atenção para não confundir<br />
significado com o significante porque são constituições diferenciadas. O significado não se refere<br />
ao objeto, nem à palavra e nem ao pensamento, pois o significado pertence à consciência. Não é<br />
ele que vai determinar a configuração da consciência e nem o sentido, mas a presença do<br />
significado e do sentido impulsiona novas conexões e novas atividades da consciência em uma<br />
dimensão semiótica. Isso pode ser relacionado a esta pesquisa, pois o significado é o aspecto que<br />
torna possível as relações sociais no <strong>Conselho</strong> de <strong>Classe</strong> e os significados produzidos nessas<br />
relações sociais são marcados por condições históricas. A consciência é tensionada pelos<br />
produtos históricos universais e pelas singularidades dos seres humanos. Nessa relação entre o<br />
singular e o universal é importante salientar que o singular expressa o universal, porque ele é<br />
determinado histórica, cultural e ideologicamente.<br />
Nesta seção foram delineados alguns aspectos do desenvolvimento conceitual dentro de<br />
uma perspectiva vygotskiana. Os estudos de Vygotsky (1934/2002) continuam recebendo<br />
contribuições e está sendo aprofundado. Na próxima seção apresentarei a perspectiva de<br />
Leontiev(1978/2003) e Engestrom (1987) focando o desenvolvimento da Teoria da Atividade.<br />
1.3. – Teoria da Atividade (T.A.)<br />
Nos primeiros trabalhos de Vygotsky (1934/2002: 82) é possível encontrar o conceito de<br />
atividade: “a atividade possui um caráter socialmente significativo podendo servir ao princípio<br />
explanatório relacionado à consciência humana e ser assim gerador da consciência humana”.<br />
Ao legitimar o conceito de consciência dentro de um estudo metateológico ou filosófico,<br />
Vygotsky (1934/2002) constatou que existem várias atividades que são geradoras de consciência<br />
e destacou a historicidade (experiência de gerações anteriores), seu caráter social (experiência<br />
com o outro) e sua dupla natureza, ou seja esquemas mentais existentes antes da realização da<br />
ação concreta. Para ele, a consciência deve ser objeto do estudo psicológico e a atividade social<br />
deve servir como um princípio explanatório.<br />
Para Kozulin (2002), o comportamento e a mente humana devem ser considerados como<br />
ações intencionais que possuem significação cultural e requerem artefatos para sua realização. <strong>É</strong><br />
necessário, para compreender a teoria da atividade, ter claro a sua inspiração marxista. Sendo<br />
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