Conselho De Classe: Que Espaço É Esse? - PUC-SP
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uma sociedade mais justa e democrática. <strong>De</strong>sde então, repenso sempre o meu papel e busquei o<br />
curso de extensão na COGEAE, sobre “ O papel do coordenador pedagógico na processo<br />
reflexivo do professor”, onde aprendi a desenvolver o processo de reflexão crítica, utilizando a<br />
narrativa pessoal como instrumento de reflexão, aquilatando muito minha prática profissional.<br />
A partir daí, em fevereiro de 2005, ingressei no curso de mestrado da Pontifícia<br />
Universidade Católica de São Paulo (<strong>PUC</strong>-<strong>SP</strong>), no programa de Pós-Graduação em Lingüística<br />
Aplicada e Estudos da Linguagem (LAEL).<br />
Como integrante do Grupo de pesquisa LACE (Linguagem em Atividades do Contexto<br />
Escolar), certificado pela <strong>PUC</strong> -<strong>SP</strong>, cujo objetivo é desenvolver pesquisas de intervenção crítico-<br />
colaborativa sobre a constituição dos sujeitos, sobre as formas de participação, e sobre a<br />
constituição dos sentidos e significados em educação, visando desenvolver e aprofundar um<br />
quadro-teórico metodológico para o trabalho de intervenção nos contextos profissionais escolares<br />
, bem como a minha atuação como coordenadora pedagógica há 8 anos, compreendo a<br />
necessidade de desenvolver um trabalho no contexto de classe , locus de construção da avaliação<br />
dos alunos, enfocando a colaboração e a reflexão sobre as práticas discursivas.<br />
Ao cursar o mestrado, com a finalidade de entender minha própria prática e desenvolver<br />
o meu projeto de pesquisa que enfatizava o conselho de classe, pois é uma atividade que ao meu<br />
ver deve ser refletida, tive oportunidade de compreender o processo colaborativo entre os<br />
coordenadores pedagógicos e professores como ponto inicial para ocorrer transformações no<br />
âmbito escolar. Essa visão foi ampliada através da compreensão de que essas transformações só<br />
ocorrem mediante um processo reflexivo crítico sobre nossas próprias ações.<br />
Nesse sentido, observei que a prática reflexiva (Alarcão, 1996,2001; Liberali, 1994;<br />
Magalhães,1994; Nóvoa,1995 e Smyth,1992) sempre está embasada em práticas discursivas entre<br />
os participantes, com foco na compreensão de suas práticas e na melhor atuação em diferentes<br />
situações. Assim, comecei a questionar como realmente estava estruturado o conselho de classe e<br />
sua constituição ao avaliarmos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Perguntei-me,<br />
também, como as regras e a divisão do trabalho estavam organizadas e o que possibilitava<br />
mudanças ao trabalharmos com o coordenador pedagógico, compreendendo o conselho de classe<br />
como um espaço para a construção da avaliação.<br />
Dando continuidade aos meus estudos, observei que o conselho de classe é abordado por<br />
Dalben(2004) quanto a importância e possibilidades para conhecimento da avaliação do projeto<br />
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