Conselho De Classe: Que Espaço É Esse? - PUC-SP
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<strong>De</strong>ntro desse panorama, é a partir da ação partilhada que se constrói o conhecimento e<br />
neste contexto de pesquisa é de suma importância o desenvolvimento de um trabalho de<br />
colaboração entre o coordenador pedagógico e os professores.<br />
Para Romero (1998:22): é necessário fazer uma distinção entre cooperação e colaboração.<br />
À luz de Damon e Phelps (1988, apud Bailey, 1996), a autora apresenta que a cooperação pode<br />
ser compreendida como um trabalho conjunto de um grupo com foco em uma tarefa subdividida<br />
em partes que se completam individualmente. A colaboração é algo mais amplo, envolve o<br />
trabalho e o aprendizado em grupo por meio de interações face-a-face. Logo, esta pesquisa, tem<br />
como pressuposto que a interação do coordenador pedagógico com os professores durante o<br />
conselho de classe é uma ação construída em conjunto, busca por transformar práticas,<br />
negociando ações e todo o resultado deve ser claramente observado na ação e na transformação<br />
do outro.<br />
Com foco em buscar o crescimento individual e o desenvolvimento do grupo, todos<br />
devem trabalhar para alcançar metas mediante construções conjuntas. <strong>De</strong> acordo com Duranti<br />
(1986), a ação colaborativa depende de todos os participantes que estão envolvidos e faz-se<br />
necessário a negociação de sentidos à luz dos pressupostos vygotskianos .Durante o conselho de<br />
classe, todos os participantes devam avaliar os alunos de forma colaborativa. Sendo assim, faz-se<br />
necessário uma constante negociação de sentidos entre os participantes para que todos<br />
verbalizem as suas experiências, concordâncias e discordâncias relacionando seus pensamentos,<br />
seus paradigmas aos discursos dos outros e vice-versa.<br />
Nesse sentido, percebemos que a colaboração pode gerar conflitos, questionamentos,<br />
críticas e realmente esses aspectos oportunizarão o crescimento e a tomada de decisão por todos<br />
do grupo.<br />
Na busca de entender melhor o outro, colocar-se com empatia na tomada de decisões, o<br />
objetivo de transformação que está presente fica mais claro e nos direcionam a enfrentar os<br />
desafios juntos, levando para reflexões sobre as nossas ações e buscando a reconstrução de<br />
passos em caminhos que já trilhamos. O papel do outro (Bakthin 1929/1999) nesse processo é<br />
primordial e como afirma Magalhães e Celani (2001:4): “a condição social da aprendizagem e o<br />
papel crucial dos outros na aprendizagem e no desenvolvimento através da mediação da<br />
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