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Conselho De Classe: Que Espaço É Esse? - PUC-SP

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Os primeiros cursos noturnos para maiores de quatorze anos, de que se tem conhecimento,<br />

foram criados pela Reforma Leôncio de Carvalho, a partir do <strong>De</strong>creto Nº 7.247, de 19/4/1878.<br />

<strong>Esse</strong>s cursos eram oferecidos para pessoas do sexo masculino e no Município da Corte (Sauner,<br />

2002:55), resultando em insucesso. No período republicano, a partir da refo rma de Luís Alves, no<br />

início do século XX, através da Lei Rocha Vaz, criou-se várias escolas noturnas e em 1916 Olavo<br />

Bilac fundou a Liga da <strong>De</strong>fesa tendo por um dos objetivos principais combater o analfabetismo.<br />

A partir da Revolução de 30, com a demanda provocada pelo processo de urbanização e<br />

industrialização exigia-se a ampliação da escolarização para adolescentes e adultos. <strong>De</strong> acordo<br />

com Antunha (1987), principalmente de 30 em diante, construiu-se o sistema educativo<br />

brasileiro, elaborado em alguns princípios básicos e inscritos em especial na Constituição de<br />

1934, que em seu artigo 150, referente à educação de adultos, institui “ o ensino primário<br />

integral gratuito e a freqüência obrigatória, extensiva aos adultos”.<br />

Na década de 40, de acordo com Paiva (1973), aconteceram várias iniciativas políticas e<br />

pedagógicas de importância, tais como: a regulamentação do Fundo Nacional de Ensino Primário<br />

(FNEP), a criação do INEP, estimulando estudos nessa área, o aparecimento das primeiras<br />

escolas de ensino supletivo, lançamento da Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos<br />

(CEAA), com o objetivo de elaborar material didático , o 1º Congresso Nacional de Educação de<br />

Adultos (1947) e o Seminário de Educação de Adultos em 1949.<br />

Estas campanhas se extinguiram antes do final da década de 40, devido às críticas<br />

referentes às deficiências administrativas e financeiras. Ainda na década de 50 surgiram muitas<br />

críticas devido ao caráter superficial do aprendizado, ao curto período e à inadequação do método<br />

para a população adulto, pois era aplicado igualmente em diferentes regiões do país (Paiva 1973).<br />

Na década de 60, o pensamento de Paulo Freire, assim como sua proposta para a<br />

alfabetização de adultos, inspira os principais programas de alfabetização do país:<br />

“Se antes a alfabetização de adultos era tratada e realizada de forma autoritária,<br />

centrada na compreensão mágica da palavra, palavra doada pelo educador aos<br />

analfabetos; se antes os textos geralmente oferecidos como leitura aos alunos escondiam<br />

muito mais do que desvelavam a realidade, agora, pelo contrário, temos a alfabetização<br />

como ato de conhecimento, como ato criador e como ato político” (Freire, 1989:30)<br />

Porém essa proposta de Freire foi interrompida pelo golpe militar e em 1967, o governo<br />

assume o controle dos Programas de Alfabetização de Adultos, tornando-os assistencialistas e<br />

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