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Musas7

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professores, de provocar a curiosidade e despertar<br />

o interesse pelo tema do projeto de quem não havia<br />

participado, mas poderia visitar as exposições e a<br />

Estação da Memória como patrimônio cultural a ser<br />

usufruído pelo público.<br />

Cumprindo uma função dos espaços de memória<br />

de aproximação com a realidade do público, foram<br />

sugeridas atividades com os alunos em sala de aula,<br />

tais como: confecção de desenhos; elaboração textual;<br />

poesias; contação de histórias; teatro; entre outras<br />

atividades. A intenção, além da avaliação do Projeto,<br />

era demarcar as impressões e estimular a criatividade.<br />

Como avaliação, o Projeto pretendia articular os<br />

três sujeitos envolvidos no processo – aluno, professor<br />

e equipe técnica da Estação da Memória.<br />

Com um papel importante no processo educativo,<br />

a avaliação, conceitualmente, representava valorizar<br />

e estimular o conhecimento apreendido, o entendimento<br />

avaliativo pela socialização das impressões,<br />

considerando as falas dos estudantes no debate,<br />

após a experiência, conforme as inserções e visitas<br />

dos alunos dentro do espaço museal. Enfim, ativar<br />

a curiosidade e pesquisa, por meio da observação,<br />

experimentação e comprovação. Até porque: “O<br />

que se almeja é a construção coletiva do conhecimento,<br />

identificando a comunidade como produtora<br />

de saberes que reconhece suas referências culturais<br />

inseridas em contextos de significados associados à<br />

memória social do local” 9 .<br />

Consideração final<br />

Este artigo cumpre uma das últimas tarefas do<br />

Projeto realizado: socializar as experiências, para<br />

conhecimento da sociedade das ações de educação<br />

patrimonial realizadas na Estação da Memória.<br />

O Projeto de Educação Patrimonial Patrimônio<br />

Cultural, Memórias e Ofícios foi desenvolvido apesar<br />

das dificuldades estruturais e das ações planejadas<br />

que não conseguiram ser cumpridas na Estação da<br />

Memória por conta das transformações políticas na<br />

administração do espaço ou de questões fora do<br />

controle da equipe.<br />

Havia a ideia de se fazer uma oficina de construção<br />

de telégrafo como construção de objeto gerador,<br />

com auxílio de um telegrafista da RFFSA que<br />

participava dos Encontros com a Memória, o seu<br />

José Luis Mira, que trabalhava com telégrafos artesanais,<br />

mas ele infelizmente adoeceu e não pôde<br />

auxiliar nesse processo.<br />

Por outro lado, reafirmaram o sentido da existência<br />

do lugar de trabalho, lugar de memória. Para validar<br />

um documento, edificação ou monumento como<br />

patrimônio deve haver ressonância social. E fazer<br />

essa conexão com estudantes que visitam um espaço<br />

musealizado, mas que não vivenciaram a sua funcionalidade<br />

ou não conheceram os saberes e fazeres<br />

do lugar, nesse caso, a ausência de memória, instiga<br />

cognitivamente sua existência pelas histórias contadas<br />

e percebidas. Problematizar o patrimônio cultural<br />

como algo vivo e dinâmico, para que as gerações<br />

mais jovens possam sentir-se pertencentes aos<br />

9. Instituto do Patrimonio Histórico e Artístco Nacional. Educação patrimonial. Histórico, conceitos e processos. Brasília: DF, 2014.<br />

98 • Revista MUSAS • 2016 • Nº 7

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