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isso, mas a gente tem que otimizar. Por exemplo,<br />
para ver o espaço, elas não têm aquela outra noção<br />
de espaço – “Quantos pés eu posso plantar nesse<br />
espaço aqui?” –, o tipo de solo para melhorar a<br />
produção delas. Então a gente entra nessa parte aí.<br />
Plantar elas sabem plantar, elas fazem isso a vida<br />
toda, mas a gente pode otimizar e melhorar o<br />
trabalho delas. Então criamos os eixos temáticos e a<br />
partir desses eixos vai a equipe. Nos reunimos toda<br />
segunda-feira para a gente projetar a semana. E<br />
nessa programação da semana a gente faz a<br />
avaliação da semana anterior e faz o planejamento<br />
da semana seguinte. E dentro disso a gente tem a<br />
metodologia do projeto, o programa de capacitação,<br />
os eixos temáticos, e depois o cronograma de<br />
trabalho e a agenda semanal. Duas vezes no ano a<br />
gente se reúne com as comunidades: no final do ano,<br />
para avaliar o que foi feito durante o ano, e no início<br />
do ano, para a gente planejar o que ficou daquela<br />
avalição toda, o que vai continuar e o que não vai<br />
continuar. A gente tem uma reunião com as<br />
comunidades, as lideranças, principalmente quando<br />
todos não podem ir. Então cada local desse tem uma<br />
“Na ilha de Cotijuba você pega um<br />
barco de 45 minutos a 50 minutos,<br />
depois pega um bondinho, uma<br />
moto ou uma charrete, e ainda<br />
leva 45 minutos de viagem para<br />
chegar na comunidade. Se você<br />
tiver um barco chega direto lá”.<br />
representação, tem os líderes que foram capacitados,<br />
surgiram e a gente fez a busca e a capacitação deles,<br />
que se reúnem mensalmente, para entre eles<br />
planejarem a ação deles e ver o apoio que a gente<br />
vem dando, porque não podemos estar todos os<br />
dias. Dentro de cinco dias, um dia a gente fica na<br />
cidade, três dias a gente vai para as comunidades e<br />
um dia a gente fica para sistematizar aquilo que se<br />
trabalhou. Então nesses três dias a gente divide: um<br />
dia vai o turismólogo para uma comunidade, no<br />
outro dia vai o engenheiro agrônomo para outra.<br />
Dependendo, se for uma ação maior, vai todo mundo<br />
para aquele local naquele dia. Isso varia muito da<br />
realidade de cada um. E a nossa questão geográfica é<br />
muito difícil, porque esses locais são em Belém, mas<br />
não são próximos. Em um dia você só vai em um, não<br />
pode ir em mais de um. Mosqueiro são 70 km de<br />
carro. Aí você tem que ir cedo, cinco horas da manhã,<br />
porque você tem que pegar um barco às sete da<br />
manhã, porque a comunidade não fica na área<br />
urbana de Mosqueiro, ela fica na área rural. Você<br />
pega um barco e ainda faz uma trilha até chegar na<br />
comunidade. Na ilha de Cotijuba você pega um barco<br />
de 45 minutos a 50 minutos, depois pega um<br />
bondinho, uma moto ou uma charrete, e ainda leva<br />
45 minutos de viagem para chegar na comunidade.<br />
Se você tiver um barco chega direto lá. Então são<br />
locais de difícil acesso, que a gente não tem a<br />
internet, em alguns lugares não pega nem telefone.<br />
Então são locais assim, em que as pessoas nos<br />
procuraram e dizem “Eu queria falar e não consegui<br />
porque gente não tem condição de falar sempre”.<br />
Essa gestão se faz mais ou menos assim, existe essa<br />
reunião com a comunidade, a equipe se reúne toda<br />
232 • Revista MUSAS • 2016 • Nº 7