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Musas7

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de seus membros através de múltiplas plataformas. Grupos de trabalho<br />

do Costume elaboraram, por exemplo, modelos de: thesaurus (disponível<br />

também em português), manuais de manuseio de indumentária,<br />

ética de trabalho, entre outros documentos voltados à consolidação e<br />

desenvolvimento de estudos sobre indumentária 4 .<br />

Museus brasileiros possuem indumentária em seus variados acervos,<br />

alguns formam coleções deste tipo enquanto outros mantêm alguns<br />

poucos itens que complementam outras coleções. Há, por exemplo, um<br />

museu notadamente voltado para coleções de indumentária, como o<br />

Museu do Traje e do Têxtil/Instituto Feminino da Bahia, Salvador, como<br />

há coleções de indumentária em museus históricos: no Museu Histórico<br />

Nacional/RJ, no Museu Paulista da USP/SP e no Museu Júlio Castilho/<br />

RS; coleções de trajes militares são encontradas em museus como o do<br />

Exército/RJ, e trajes femininos do século XIX no Museu Casa da Hera,<br />

em Vassouras/RJ. A presença de indumentária nos museus brasileiros é<br />

muito mais abrangente do que prevíamos inicialmente, antes de iniciar<br />

o levantamento dos dados para o estágio pós-doutoral em 2013, mas não<br />

é simples reunir informação a respeito dessas coleções. Numa consulta<br />

à base de dados disponível no site do Museu do Índio no Rio de Janeiro,<br />

apenas na entrada “indumentária” consta mais de 600 artefatos (consulta<br />

realizada em dezembro de 2012 e atualizada em 2015).<br />

Mesmo internacionalmente, o interesse por quantificar e qualificar<br />

coleções é recente, a exemplo do projeto de levantamento de<br />

indumentária do século XVII na Inglaterra coordenado por Aileen Ribeiro<br />

no Royal College of Arts no início do novo milênio 5 . Aparentemente, as<br />

coleções foram sendo formadas originalmente por interesses variados,<br />

como preservar ícones de design de moda e avanços em tecnologia têxtil<br />

e de vestuário (corte e costura) que representam uma época; preservar<br />

artefatos arqueológicos provenientes de escavações; representar noções<br />

do Outro (o exótico) e de identidade nacional. Historicizar a formação das<br />

coleções em museus é um meio para identificar mudanças de padrões de<br />

colecionismo, de políticas de aquisição e preservação dos acervos.<br />

No caso brasileiro, este é um momento importante para a acessibilidade<br />

aos acervos. O Sistema Nacional de Museus – SNM, do Instituto Brasileiro<br />

“Museus<br />

brasileiros<br />

possuem<br />

indumentária em<br />

seus variados<br />

acervos, alguns<br />

formam coleções<br />

deste tipo<br />

enquanto outros<br />

mantêm alguns<br />

poucos itens que<br />

complementam<br />

outras coleções.”<br />

11 • Revista MUSAS • 2016 • Nº 7

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