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Musas7

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Os trilhos seguem marcando a paisagem<br />

e a memória social de Joinville.<br />

Foto: Aline Dias Kormann/ Acervo pessoal<br />

colher. Nessa perspectiva complexa o cuidado e o cultivo desembocam<br />

na questão humana da preservação do patrimônio, que, como já destacou<br />

Koselleck, seu conceito é diacrônico, portanto, antagônico e dinâmico<br />

conforme as temporalidades que lhe são aferidas.<br />

Ao pensarmos sob o ponto de vista da educação patrimonial, consideramos<br />

os aspectos da educação e da cultura, diacrônicos e por isso sofrem<br />

diretamente as questões da concretude das sociedades que as formulam.<br />

Educação, cultura e trabalho são fios que se entrelaçam e que tecem um<br />

pano de fundo do conhecimento transformador da realidade perceptível.<br />

No Projeto oferecido para a Secretaria de Educação, o telégrafo<br />

seria o objeto desencadeador para realizar o bordado desse pano<br />

de memórias que a Estação provocou na comunidade que a visitava<br />

constantemente. O trabalho ferroviário poderia ser representado pela<br />

atividade do guarda-freio, do maquinista, do vendedor de bilhetes, do<br />

mecânico. Desta forma, os estudantes apresentavam a internet e suas<br />

possibilidades de comunicação para os ferroviários e os ferroviários, por<br />

sua vez, apresentavam o telégrafo e o código Morse como possibilidade<br />

de comunicação para os alunos do ensino fundamental.<br />

“A edificação<br />

tombada e restaurada<br />

provocava lembranças<br />

naqueles que<br />

utilizaram esse<br />

lugar como meio de<br />

sobrevivência por<br />

meio da venda da<br />

força de trabalho.”<br />

91 • Revista MUSAS • 2016 • Nº 7

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