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Musas7

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A piscicultura faz parte do roteiro, e particularmente, tem sido<br />

importante para algumas famílias das comunidades, é uma opção segura<br />

para a geração de renda, inclusive para sua subsistência. Esta é parte da<br />

alimentação regional, baseada em frutas como o açaí, pupunha, manga,<br />

galinha caipira, tubérculos (como a mandioca) e o camarão regional,<br />

fortalecida pela proteína bruta de peixes de cativeiro, como o tambaqui<br />

e o tambacú, reproduzidos artificialmente em laboratório e originários da<br />

bacia Amazônica, uma vez que aqueles provenientes da pesca artesanal<br />

estão escassos devido a impactos ambientais de indústrias, pesca<br />

industrial e pesca predatória. O projeto já foi aceito e reconhecido pelas<br />

comunidades locais, já que vem sendo desenvolvido desde o ano de 2009.<br />

Visitamos as criações do Sr. Mesquita e do Sr. Luis em companhia<br />

do engenheiro de pesca do Ecomuseu e percebemos como o apoio e a<br />

assessoria técnica são fundamentais para o sucesso da iniciativa. Nos<br />

viveiros são criados exemplares do tambacú, um cruzamento entre a<br />

fêmea do tambaqui e o pacu macho que possui as qualidades das duas<br />

espécies, visivelmente parecido com o tambaqui, mas muito mais<br />

resistente. O treinamento e orientações técnicas para a construção dos<br />

viveiros e cuidados com os peixes são repassadas aos criadores e ajudados<br />

no monitoramento do crescimento dos peixes. A experiência tem dado<br />

certo, com levas de peixes sendo vendidas quando atingem o peso e o<br />

tamanho adequado para a comercialização, o que estimula a adesão de<br />

outras pessoas das comunidades em participar da criação. Essa renda<br />

extra obtida por meio da piscicultura é fundamental para a sobrevivência<br />

dessas famílias.<br />

Outra fonte de renda para algumas pessoas é o artesanato. D.<br />

Antônia desenvolveu seus talentos com cerâmicas graças ao apoio do<br />

Ecomuseu, que possibilitou que ela e sua família fizessem alguns cursos<br />

e que também ajudou com a construção dos dois fornos para preparar as<br />

cerâmicas. Hoje faz diversos objetos em cerâmica, em especial, panelas.<br />

Trabalha por encomenda e elas nunca faltam, apesar de poucas, ajudando<br />

assim na renda familiar. Os principais compradores são pessoas de fora da<br />

comunidade, além de panelas, produz pequenas miniaturas decorativos<br />

de barro, chapéus e cestas de palha de tucumã, arranjos e crochê. Na<br />

“No ponto de<br />

partida do roteiro<br />

constituído<br />

pela equipe<br />

do Ecomuseu<br />

encontramos<br />

as ruínas de um<br />

antigo engenho<br />

dos jesuítas,<br />

uma construção<br />

provavelmente<br />

do início do<br />

século XVIII”.<br />

213 • Revista MUSAS • 2016 • Nº 7

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