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Musas7

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espontâneos e agendados, mas pensou-se também em uma programação<br />

de atividades – desde bate-papos, ações educativas, oficinas de<br />

capacitação etc. – em que se coloca o mediador como protagonista.<br />

O MEDIADOR COMO TRADUTOR<br />

“(...) o Educativo<br />

avaliou a<br />

importância<br />

de se valorizar<br />

a presença e<br />

atuação dos<br />

mediadores,<br />

mesmo que<br />

inicialmente de<br />

forma voluntária,<br />

porque sem<br />

esse esforço não<br />

haveria condições<br />

para desenvolver<br />

o diálogo na<br />

mediação cultural.”<br />

7. ROBERTS, Lisa. Do conhecimento à<br />

narrativa e à… ação! Construindo narrativas<br />

nos museus de hoje. Anais do II Seminário<br />

Internacional Diálogos em Educação e Museu<br />

/ coordenação Mila Milene Chiovatto. São<br />

Paulo: Pinacoteca do Estado, 2015, p.2.<br />

Inicialmente, entendido com dificuldade e sem nenhum tipo de<br />

orientação pedagógica, os mediadores traziam consigo suas referências<br />

pessoais e cada um produzia aquilo que julgava melhor nas ações pelo<br />

espaço expositivo.<br />

Já com a coordenação e o planejamento estratégico, a ideia é que haja<br />

um diálogo, dentro daquilo que a instituição pensa como plano educativo,<br />

propondo noções de compartilhamento entre a narrativa institucional e a<br />

do visitante, através dos educadores 7 .<br />

O Plano de Ações Educativas desenvolvido, então, procurou dar conta<br />

da demanda institucional de realizar ações educativas e atender públicos<br />

escolares, mas partindo da noção de que os mediadores (sendo voluntários<br />

ou remunerados) realizam interações com a perspectiva de que todos são<br />

espectadores e tradutores na relação com a arte.<br />

Consideramos também um diálogo com a programação institucional,<br />

para a realização de uma série de atividades que complementam ou<br />

desenvolvem experiências para além das exposições propriamente<br />

ditas. Neste sentido, a prática do Educativo com esse projeto é uma<br />

certa noção de articulação entre os mediadores, a demanda institucional<br />

e os públicos diversos.<br />

Para a realização das atividades, a premissa tomada é o contexto<br />

de que cada indivíduo, em sua posição cotidiana, já exerce um papel<br />

de espectador em relação com o mundo, entendendo também que o<br />

mediador cultural não é uma função consolidada ou consensual nas<br />

diversas instituições culturais.<br />

Por isso fazemos um resgate histórico e a partir dele procuramos<br />

construir alguns pontos para se pensar no papel do mediador<br />

cultural e os apresentamos aqui como reflexão para outras possíveis<br />

instituições interessadas.<br />

154 • Revista MUSAS • 2016 • Nº 7

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