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Musas7

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Museu visitado<br />

assentamento, o Ecomuseu tem dado apoio com as<br />

hortas, piscicultura e produção de farinha. Mas o que<br />

é singular é a produção artesanal de encauchados.<br />

O encauchado é um artesanato feito com o látex da<br />

seringueira misturado com pó de serragem, o que<br />

gera um couro vegetal utilizado para confeccionar<br />

diversos produtos como vários tipos de bolsas,<br />

pequenos chaveiros, toalhas americanas, calçados<br />

etc., é o que nos explica Neuziane, agricultora e<br />

artesã de encauchados. Ela explica que a técnica é<br />

originária do Acre e foi trazida para o assentamento<br />

pelo sindicato dos trabalhadores rurais. Os<br />

produtos impressionam pela qualidade e pelas<br />

cores adicionadas por pigmentação, como urucum<br />

por exemplo. O Ecomuseu apoia a iniciativa dos<br />

encauchados por meio de divulgação em eventos,<br />

apresentando esse artesanato.<br />

Conhecer o Ecomuseu da Amazônia, suas<br />

atividades nas ilhas de Belém, é ser impactado por<br />

experiências que vão muito além do que uma típica<br />

visita a um museu. Trilhar, navegar, conversar é<br />

atitude necessária para se conhecer essas atividades<br />

e seus impactos na vida das comunidades parceiras.<br />

Envolve aplicar os sentidos e a imaginação, e cada<br />

visita nunca é a mesma porque o Ecomuseu e as<br />

atividades nas comunidades fluem como as águas dos<br />

rios da Amazônia, e cada maré não é igual a outra.<br />

Sandro dos Santos Gomes é sociólogo e membro da equipe<br />

editorial de Musas.<br />

Foto: Sandro Gomes/Acervo Ibram<br />

Neuziane, agricultora e artesã de<br />

encauchados produzidos no assentamento<br />

Paulo Fonteles, na ilha de Mosqueiro.<br />

“Conhecer o Ecomuseu<br />

da Amazônia, suas<br />

atividades nas ilhas de<br />

Belém, é ser impactado<br />

por experiências que vão<br />

muito além do que uma<br />

típica visita a um museu.<br />

Trilhar, navegar, conversar<br />

é atitude necessária<br />

para se conhecer<br />

essas atividades e seus<br />

impactos na vida das<br />

comunidades parceiras.”<br />

223 • Revista MUSAS • 2016 • Nº 7

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