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Musas7

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ESTAÇÃO FERROVIÁRIA<br />

DE JOINVILLE<br />

PATRIMÔNIO CULTURAL, MEMÓRIAS E OFÍCIOS<br />

Giane Maria de Souza e Aline Dias Kormann<br />

Introdução<br />

O<br />

Complexo da Estação da Memória é<br />

um espaço de memória localizado na<br />

antiga Estação Ferroviária de Joinville.<br />

Construída em 1906, é um importante exemplar de<br />

edifício ferroviário do sul do Brasil e um marco no<br />

processo de formação econômica e social do norte e<br />

nordeste de Santa Catarina. Sua arquitetura e ligação<br />

afetiva com a memória dos trabalhadores ferroviários<br />

e a sociedade o transformaram em um bem cultural<br />

de extrema importância para a cidade. Em 2008,<br />

o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico<br />

Nacional (Iphan) realizou o tombamento da Estação,<br />

classificando-a como patrimônio arquitetônico do<br />

Brasil. No mesmo ano, o Complexo foi (re)inaugurado<br />

como Estação da Memória, e dois anos depois foi<br />

criada como uma unidade da Fundação Cultural e<br />

da Prefeitura Municipal de Joinville, pelo Decreto nº<br />

17.008, de 30 de agosto de 2010.<br />

No início do primeiro semestre de 2009, o Setor de<br />

Educação da Estação da Memória apresentou para a<br />

Gerência de Patrimônio, Ensino e Artes da Fundação<br />

Cultural de Joinville um Programa de Educação<br />

Patrimonial que seria posteriormente realizado em<br />

parceria com a Secretaria Municipal de Educação.<br />

O Programa vislumbrava uma série de ações que<br />

teriam como norte programático a educação patrimonial<br />

alicerçada nos debates sobre o patrimônio<br />

cultural material e imaterial. Como um guarda-chuva,<br />

o Programa previa uma série de projetos, entre eles,<br />

um projeto-piloto denominado Encontros com a<br />

Memória. O escopo era estabelecer conexões entre o<br />

conteúdo disciplinar da Secretaria de Educação (educação<br />

formal) e o Programa de Educação Patrimonial<br />

em Museus (educação não formal).<br />

A formatação do Projeto Encontros com a<br />

Memória trabalhava a partir da comunicação<br />

museológica da Estação da Memória, a ocupação<br />

e apropriação do lugar como espaço de memória,<br />

mas também como ligação entre os ferroviários e<br />

seu passado de trabalho por meio das lembranças<br />

daquilo que não estava exposto nas vitrines<br />

da Estação. Assim, o Projeto vislumbrava<br />

84 • Revista MUSAS • 2016 • Nº 7

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