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Musas7

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a importância de produzir reflexão para que profissionais da área possam<br />

se inspirar. Da mesma forma que não existe a melhor tradução, porque<br />

depende do contexto e do público, não existe uma fórmula correta de<br />

ações a ser aplicada.<br />

O que percebemos afinal é como o Educativo, entendido como ponto<br />

importante, se alastra para além de uma ideia mecânica de atendimento<br />

de público. A partir disso, posicionamos o museu como espaço efetivo de<br />

educação e os mediadores culturais como protagonistas. O planejamento<br />

de ações é consequência para se aproveitar ao máximo o potencial dos<br />

agentes, é uma articulação permanente.<br />

As ações educativas e seus referenciais teóricos, apontados durante o<br />

percurso selecionado deste artigo, pretendem abrir campos de discussão<br />

que implicam uma reflexão constante de um museu que se instala em um<br />

contexto de análises e revisões, e porque recente, não abrange um tempo<br />

histórico para um distanciamento objetivo.<br />

22. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido<br />

– 56 a ed. rev. E atual – Rio de Janeiro: Paz e<br />

Terra, 2014, p. 128.<br />

23. RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante –<br />

cinco lições sobre a emancipação intelectual.<br />

Tradução de Lillian do Valle – 3 a ed. 4 a reimp. –<br />

Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015, p. 64.<br />

Apesar destas condições, os educadores e visitantes são entendidos<br />

em contextos iguais, como seres históricos-sociais que criam a história<br />

enquanto realizam ações transformadores da mesma realidade objetiva 22 .<br />

A concepção implicada destes discursos é a de que a emancipação parte<br />

da consciência da igualdade das inteligências 23 e que isso constrói um<br />

primeiro passo para uma sociedade de narradores e tradutores.<br />

Thiago Consiglio é Coordenador Educativo do Museu de Arte Contemporânea<br />

de Sorocaba (MACS). Possui graduação em Comunicação Social – Habilitação em<br />

Jornalismo (Uniso) e foi aluno especial do Programa de Pós-graduação em Educação<br />

da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – Campus Sorocaba (2015). Tem<br />

experiência em mediação cultural, tendo atuado nas itinerâncias do Museu da Língua<br />

Portuguesa “Estação da Língua” (2013) e 31 Bienal de São Paulo (2015) em Sorocaba.<br />

160 • Revista MUSAS • 2016 • Nº 7

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