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Musas7

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a comunicação 17 . Para Rancière, o ignorante aprende não para ocupar<br />

17. RANCIÈRE, Jacques. O espectador<br />

emancipado; tradução Ivone C. Benedetti – São<br />

Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012, p. 15.<br />

18. Ibidem.<br />

19. Ibidem.<br />

Alunos participam da mediação cultural na<br />

exposição “Aurelino: Frente ao Mar do Infinito”<br />

do MACS, realização em parceria com o<br />

Instituto do Imaginário do Povo Brasileiro.<br />

uma posição de intelectual, mas “para praticar melhor a arte de traduzir,<br />

de pôr suas experiências em palavras e suas palavras à prova” 18 . O autor<br />

denomina mestre ignorante não aquele que nada sabe, mas aquele que<br />

abdica do saber da ignorância e assim desassocia sua qualidade de mestre<br />

de seu saber.<br />

Rancière completa que o mestre ignorante não ensina no sentido<br />

impositivo, mas apresenta um convite para que os alunos se aventurem no<br />

mundo para que eles digam o que viram, reflitam, comprovem e o façam<br />

comprovar. É um sentido de ignorar a desigualdade das inteligências 19 .<br />

É nesse caminho que se entende que a obra de arte não terá um<br />

significado fixo e o mediador terá que, como habilidade de tradutor,<br />

transpor barreiras dos significados e criar interpretações com os visitantes.<br />

Foto: Carina Cazi<br />

158 • Revista MUSAS • 2016 • Nº 7

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