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CIVISMO E FOLCLORE<br />

NA GESTÃO DE RENATO ALMEIDA NO<br />

MUSEU DE FOLCLORE (1968 A 1974) 1<br />

Elaine Cristina Ventura Ferreira<br />

INTRODUÇÃO<br />

1 O Decreto n o 6.353, de 1976, institui em<br />

forma de homenagem ao folclorista o nome de<br />

Museu de Folclore Édison Carneiro – projeto<br />

apresentado pelo Senador João Batista<br />

Vasconcelos Torres (ARENA). Biblioteca<br />

Amadeu Amaral do Centro Nacional do<br />

Folclore e Cultura Popular. Rio de Janeiro, s/d.<br />

O<br />

presente artigo é pautado na investigação da relação entre<br />

civismo e folclore no Museu de Folclore na gestão do folclorista<br />

Renato Almeida nos anos de 1968 a 1974. Parto do princípio<br />

de que em redor da ideia de folclore, propagavam-se os valores cívicos<br />

nacionais que favoreceram o regime civil militar no que compete à<br />

reorganização da ordem nacional. Por meio da gestão de Renato Almeida,<br />

a instituição por ele dirigida propagava em torno do folclore os valores<br />

cívicos para enaltecer a pátria. Para o aprofundamento desta reflexão<br />

mencionarei alguns aspectos sem os quais não será possível a análise.<br />

O primeiro aspecto se refere ao contexto social e político de criação do<br />

Museu de Folclore. O segundo se refere à associação entre a instituição<br />

e as tendências políticas de Renato Almeida, seu diretor. E o terceiro se<br />

refere a uma articulação e reflexão de como a instituição contribuirá com<br />

o estado autoritário no contexto social e político analisado.<br />

O recorte temporal do tema inicia-se no ano de 1968, quando é criado<br />

o Museu de Folclore, e estende-se ao ano de 1974, término da gestão<br />

de Renato Almeida. A delimitação do estudo corresponde ao contexto<br />

histórico do Brasil recente. Ao revisitarem o tema do regime civil militar,<br />

os historiadores têm analisado esse período a partir de diferentes formas<br />

de investigações. Dentre as investigações realizadas podem-se destacar<br />

132 • Revista MUSAS • 2016 • Nº 7

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