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Musas7

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Museu visitado<br />

essa pessoa pegou aquela área que já tinha desmatado e passou a<br />

trabalhar com horta. E um dia eu voltei lá. E ele falou: “Professora, isso<br />

aqui está tudo vendido. A pessoa vem aqui e compra”. E eu perguntei:<br />

“Vendeu por quanto?”. E ele responde que foi R$ 100,00, R$ 200,00 e que<br />

daqui a quinze dias o comprador vem buscar. Está vendo só? Mudanças de<br />

vida. É pouco assim, sabe. É trabalho muito lento, até porque a gente não<br />

tem recurso para fazer aquela coisa, mas dentro disso vamos levando.<br />

“E esse projeto é<br />

importante porque<br />

você, ao visitar<br />

o Ecomuseu, vai<br />

conhecer um pouco<br />

das comunidades, do<br />

que a gente faz. O<br />

objetivo é que você<br />

vá ao Ecomuseu e<br />

conheça um pouco<br />

do que é feito na<br />

comunidade (...)”.<br />

Musas: Quais seriam os principais projetos desenvolvidos pelo<br />

Ecomuseu da Amazônia?<br />

Terezinha: Bom, nesse momento nós continuamos com a questão do<br />

inventário, porque ele é contínuo, e a gente vem tentando melhorar<br />

essa questão dos biomapas, de ter esse perfil das comunidades. Esse eu<br />

acho que é um dos mais importantes. Temos a questão da produção das<br />

gerações de renda. A gente está com a criação de peixe, que é um projeto<br />

muito importante. Recentemente foram colocados os alevinos para uma<br />

nova etapa, foram colocados em três comunidades. Daqui a mais ou menos<br />

seis a oito meses teremos a produção do peixe. Estamos também com um<br />

projeto de sustentabilidade alimentar com a Fundação Alphaville, aquela<br />

fundação que constrói condomínios no Brasil. Eles chegaram há uns dois<br />

anos atrás na ilha e construíram um condomínio. Na ocasião fomos lá<br />

perguntar como eles pensavam em se relacionar com aquela comunidade,<br />

como eles poderiam contribuir com aquela comunidade. Eu falei “Vocês<br />

estão construindo aqui tipo uma ilha, vocês vão entrar e sair, mas precisam<br />

interagir com a comunidade aqui”. Devido à insistência, a gente conseguiu,<br />

depois de tantas conversas, um pequeno recurso de R$ 20.000,00, e a gente<br />

conseguiu atender vinte famílias. Esse recurso está atendendo a horta e a<br />

criação de pintos. O projeto vai fornecer o galinheiro e o material para a<br />

horta. Desde janeiro, essa comunidade vem recebendo a parte teórica.<br />

Uma vez por semana o engenheiro agrônomo vai à comunidade e dá essa<br />

orientação para eles. É um projeto muito importante porque também<br />

gera renda para eles. É em uma comunidade chamada Curuperé, muito<br />

pobre. Não tinham nada, era um assentamento e estavam lá meio que<br />

242 • Revista MUSAS • 2016 • Nº 7

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