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Musas7

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ficava ocupado somente com as obras e em um certo sentido a mediação<br />

cultural ocorria no encontro entre público e materiais gráficos, como<br />

textos curatoriais e folders de divulgação.<br />

Na discussão sobre a implementação de um Núcleo de Ações Educativas,<br />

o contato pessoal e direto com o mediador é uma das mais importantes<br />

etapas desse processo. Porque é ali onde se desenvolve efetivamente o<br />

diálogo, onde é possível apresentar questões de acordo com a demanda<br />

de cada um que visita, ao mesmo tempo em que abre-se o espaço para<br />

que o visitante tenha voz.<br />

Assim sendo, essas ações deram condição para que espaços entendidos<br />

como ociosos e de caráter educativo em potencial fossem realmente<br />

tornados vivos nessas dinâmicas. O Programa de Voluntariado surgiu<br />

de uma demanda institucional e de uma dificuldade econômica, para<br />

pensar em estratégias que desenvolvessem ações em condições que já<br />

existiam. A partir desse momento de crise econômica-estrutural, houve o<br />

desenvolvimento de uma reflexão e autocrítica para encaminhamento das<br />

propostas que culminaram no estado atual de ações, através da relação<br />

com os voluntários e as ações “Falando de Arte”, por exemplo.<br />

Desta reflexão, o Educativo avaliou a importância de se valorizar<br />

a presença e atuação dos mediadores, mesmo que inicialmente de<br />

forma voluntária, porque sem esse esforço não haveria condições<br />

para desenvolver o diálogo na mediação cultural. Ao mesmo tempo,<br />

procurou-se assim a possibilidade de estruturar o início de um programa<br />

educativo permanente que realize propostas independentemente das<br />

programações expositivas.<br />

Dentro do contexto da necessidade da organização das práticas<br />

educativas, a mediação cultural se expande além do espaço temporário<br />

da exposição para dialogar com momentos antes, durante e depois do<br />

encontro do visitante com a obra 6 . Ao mesmo tempo que busca estratégias<br />

para desenvolver ações que não dependam necessariamente do mediador,<br />

o setor Educativo dá suporte teórico procurando contextualizar as diversas<br />

atividades realizadas.<br />

Dentre as práticas, desenvolveu-se um caminho de interação entre<br />

o mediador e o público, através do acompanhamento de visitantes<br />

“(...) o Educativo,<br />

em parceria com<br />

a Comunicação,<br />

procurou<br />

inicialmente<br />

produzir conteúdo<br />

para falar de arte<br />

contemporânea<br />

através do acervo,<br />

entendendo o<br />

espaço virtual<br />

como uma<br />

extensão do<br />

espaço físico<br />

do museu que<br />

é também um<br />

espaço de<br />

formação cultural.”<br />

6. WENDELL, Ney. Estratégias de<br />

mediação cultural para a formação do<br />

público. Disponível em: http://www.<br />

fundacaocultural.ba.gov.br/arquivos/File/<br />

imagenswordpress/2014/09/estrategias-demediacao-cultural_ney-wendell_8-9.pdf.<br />

Acesso em: set. 2016.<br />

153 • Revista MUSAS • 2016 • Nº 7

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