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Musas7

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criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico<br />

Nacional (SPHAN), ficando fortemente marcado o<br />

ano de 1937 como data balizar para a instituição de<br />

políticas de memória e de patrimonialização no país.<br />

Monsenhor Lefort, o agente do patrimônio nesse<br />

caso, percorreu cidades e distritos do sul de Minas,<br />

após o Concílio Vaticano II, a fim de reunir bens que<br />

haviam perdido seu uso devocional e passaram a<br />

ser vendidos ou queimados, substituídos por outros<br />

novos que atendiam às novas funções. Ao mesmo<br />

tempo, a homenagem feita ao nome de D. Inocêncio<br />

não se deu ao acaso, já que tal bispo, retomando<br />

a tradição episcopal da comitência, investiu o<br />

recurso necessário para a construção do prédio que<br />

serviria de sede para abrigar as coleções reunidas<br />

pelo monsenhor, nas imediações entre a catedral,<br />

o palácio episcopal e o Seminário Nossa Senhora<br />

das Dores. Outro fato importante a ser salientado<br />

é a existência da coleção de animais empalhados<br />

reunida por esse bispo, anteriormente guardada<br />

no Palácio Episcopal, que posteriormente foi sendo<br />

pareada a conjuntos de sambaquis, cestas, arpões,<br />

arcos e flechas provenientes de diferentes regiões e<br />

grupos étnicos no MRSM.<br />

Já da coleção da chamada Sala da Arte Sacra<br />

constam: esculturas de vestir, policromadas e<br />

douradas, algumas delas em bom estado de<br />

conservação e outras apresentam orifícios,<br />

rachaduras, oxidação de pregos e cravos além do<br />

desprendimento de parte da camada de policromia,<br />

oratórios de madeira recortada, encaixada e<br />

entalhada com imagens de calcita ou feitos de<br />

papel, delicadamente reproduzindo a capela mor<br />

de um templo do período colonial, castiçais, vasos<br />

para os óleos sagrados enferrujados, sem o brilho<br />

reluzente da prata, esplendores e coroas, cruzes e<br />

crucifixos de madeira decorados com madrepérola<br />

em marchetaria, fragmentos de retábulos. Seu<br />

objetivo era proteger o máximo possível de vestígios<br />

do passado, requalificando seu valor de uso, agora<br />

essencialmente histórico, como definido por Riegl ou<br />

por Benjamin como objetos destituídos de sua aura.<br />

Esse conjunto de bens sempre foi considerado<br />

pela população campanhense como os mais<br />

interessantes e preciosos objetos do MRSM. A partir<br />

dessa coleção, portanto, nossa primeira Template se<br />

constrói no ano de 1994, quando os funcionários do<br />

museu encontraram abandonados no pátio interno<br />

do museu alguns desses materiais residuais, que na<br />

ocasião não foram levados pelos ladrões e deixados<br />

pelo caminho. Entretanto, ao entrar no museu,<br />

deram pela falta de várias peças, sendo:<br />

4 esculturas de Nossa Senhora do Rosário;<br />

2 esculturas de Nossa Senhora da Piedade;<br />

1 escultura de Nossa Senhora da Apresentação;<br />

1 escultura de Nossa Senhora do Pilar;<br />

1 escultura de Sant’Ana Mestra;<br />

1 escultura de Santo Antônio dos Pobres;<br />

1 escultura de São José;<br />

1 escultura de São Roque;<br />

1 escultura de Santo Elesbão;<br />

2 esculturas de São João Batista;<br />

2 esculturas de cativos para presépio;<br />

2 oratórios Dom José;<br />

1 ostensório de prata;<br />

1 coroa de prata;<br />

1 cálice/ostensório de prata;<br />

3 cálices de prata.<br />

105 • Revista MUSAS • 2016 • Nº 7

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