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RTJ 199-2 (Fev-07)- Pré-textuais.pmd - STF

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538<br />

R.T.J. — <strong>199</strong><br />

Em estudo de dezembro de 2005 31 sobre a composição do spread bancário no<br />

Brasil, a Fipecafi 32 mostrou a seguinte distribuição percentual:<br />

1 - Inadimplência - 13%<br />

2 - Despesas com pessoal - 10%<br />

3 - Despesas estruturais - 24%<br />

4 - Tributos - 8%<br />

5 - Custo de captação (juros aos aplicadores) - 36%<br />

6 - Lucro líquido - 9%<br />

Assumindo que a taxa de juros dos financiamentos é determinada pela Selic,<br />

adicionado um spread bancário, tem-se que:<br />

TJM = Selic + spread bancário<br />

Onde:<br />

TJM = Taxa de juros de financiamento ao mutuário<br />

Tem-se, assim, que parcela significativa dos juros é determinada através da taxa de<br />

juros básica, estabelecida pelo Copom.<br />

Por isso, os juros não podem ser fixados de forma independente à política<br />

monetária do País.<br />

Constata-se, assim, que a relação do banco com o poupador e o mutuário integra<br />

a política econômica, extravasando os limites da relação subjetiva.<br />

Na relação de consumo não há essa dimensão objetiva.<br />

Nesta — na relação de consumo — a proteção do consumidor é tomada<br />

individualmente.<br />

Relatório que analisa a política monetária do Brasil deixa claro que a taxa de<br />

juros é um instrumento tal política.<br />

Constata-se desse Relatório, que a taxa de juros depende de inúmeras variáveis e<br />

que não pode ter seus limites fixados de forma dissociada da política macroeconômica.<br />

Leio:<br />

“(...)<br />

No tocante ao cenário externo, a política monetária estará fortemente<br />

dependente da confirmação ou não da retomada do crescimento mundial no<br />

segundo semestre. Dado que as economias da União Européia continuam emitindo<br />

sinais de maior debilidade e a economia japonesa aprofunda cada vez mais sua<br />

recessão, o crescimento mundial será guiado pelo desempenho da economia norteamericana.<br />

Vale destacar, então, o crescimento de 0,2% do PIB dos EUA no quarto<br />

31 Dados publicados no jornal Valor Econômico, caderno Finanças, p. C1, de 13-12-2005.<br />

32 Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras.

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