06.08.2014 Views

RTJ 199-2 (Fev-07)- Pré-textuais.pmd - STF

RTJ 199-2 (Fev-07)- Pré-textuais.pmd - STF

RTJ 199-2 (Fev-07)- Pré-textuais.pmd - STF

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

R.T.J. — <strong>199</strong> 609<br />

VOTO (Antecipação)<br />

O Sr. Ministro Sepúlveda Pertence: Senhora Presidente, independente da atenção<br />

com que ouvirei, daqui ou fora daqui, o voto do eminente Ministro Cezar Peluso, adianto<br />

o meu voto, que é pela improcedência da ação: considero que a norma impugnada, ao<br />

caracterizar como relação de consumo aquela entre as instituições financeiras e seus<br />

clientes, obviamente está remetendo àquela disciplina positiva contida no Código de<br />

Defesa do Consumidor ou na legislação ordinária que, a respeito, esteja em vigor.<br />

A minha única preocupação — por isso a tendência inicial de acompanhar o voto<br />

do Ministro Carlos Velloso — era, efetivamente, não afetar o campo normativo do artigo<br />

192, que, à época do início do julgamento, efetivamente, excluía a taxa de juros reais do<br />

âmbito da lei ordinária.<br />

Mas os votos aqui proferidos hoje — a excelente demonstração contida no voto do<br />

Ministro Eros Grau e, depois, a ênfase posta pelo Ministro Joaquim Barbosa na absoluta<br />

inexistência de conflito positivo entre os dois sistemas — levam-me a evoluir e julgar<br />

improcedente a ação, até porque o voto do Ministro Carlos Velloso perdeu a sua base<br />

positiva, que era o § 3º do artigo 192, na versão originária, anterior à EC 40, que<br />

suprimiu todos os parágrafos do dispositivo.<br />

Por isso, deixo antecipado o meu voto nesse sentido.<br />

EXTRATO DA ATA<br />

ADI 2.591/DF — Relator: Ministro Carlos Velloso. Requerente: Confederação<br />

Nacional do Sistema Financeiro – CONSIF (Advogados: Ives Gandra S. Martins e<br />

outros). Requeridos: Presidente da República e Congresso Nacional.<br />

Decisão: Após o voto vista do Ministro Eros Grau, que julgava improcedente a<br />

ação, no que foi acompanhado pelos Ministros Joaquim Barbosa, Carlos Britto e<br />

Sepúlveda Pertence, este último em antecipação, pediu vista dos autos o Ministro Cezar<br />

Peluso. Não participa do julgamento o Ministro Ricardo Lewandowski por suceder ao<br />

Ministro Carlos Velloso, que já proferiu voto. Ausente, justificadamente, neste<br />

julgamento, o Ministro Gilmar Mendes.<br />

Presidência da Ministra Ellen Gracie. Presentes à sessão os Ministros Sepúlveda<br />

Pertence, Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Cezar Peluso, Carlos Britto,<br />

Joaquim Barbosa, Eros Grau e Ricardo Lewandowski. Vice-Procurador-Geral da<br />

República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos.<br />

Brasília, 4 de maio de 2006 — Luiz Tomimatsu, Secretário.<br />

VOTO (Vista)<br />

O Sr. Ministro Cezar Peluso: 1. Serei breve, porque as questões centrais do caso já<br />

foram objeto de meticulosas discussões que antecederam este voto vista.<br />

Pretende a autora ver declarada a inconstitucionalidade da expressão “inclusive<br />

as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária”, constante do art. 3º, § 2º,<br />

do Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.<strong>07</strong>8, de 11-09-<strong>199</strong>0), que teria incluído<br />

.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!