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Dilemas sobre as dependências de substâncias 109bólito neurotóxico na forma fumada da cocaína, conhecido pela sigla AEME,que pode prejudicar o organismo do indivíduo que pratica este tipo de uso.Porém, as diferenças são pequenas quando comparamos aquelas idealizadaspelo imaginário popular do usuário da cocaína fumada em relação à aspirada.Enquanto o primeiro é rapidamente identificado como um maltrapilho, indigente,que vaga pelas ruas feito um zumbi, sem algum poder de decisão sobresua conduta, o segundo é imaginado como alguém estável financeiramente ebem aceito em suas atividades sociais, até mesmo com certo sucesso. Nas duasinterpretações existem grandes equívocos que geram preconceito e estigma.Essa imagem construída dificulta o acesso de quem mais necessita de atençãopelo sistema de saúde e assistência social.Características de dependência são pouco declaradas por usuários desubstâncias ilícitas. Segundo a pesquisa Drogas lícitas e ilícitas: proximidadese opiniões, realizada pela FPA/RLS, em dezembro de 2013, usuários das drogaslícitas apresentam sintomas de abstinência de modo mais acentuado queos usuários de substâncias ilícitas (p. 288). Mais da metade dos usuários detabaco sentem ansiedade ou preocupação por não ter a substância (55,5%)ou já tentou parar e não conseguiu (54,5%). Para os usuários de álcool essapreocupação é de 20,6% e 23,1%, respectivamente. Os usuários de substânciasilícitas apresentam essas preocupações de maneira bem menos acentuada:10,5% dos usuários de maconha já tentaram parar e não conseguiram e 9,7%sentiram ansiedade por não possuir a substância, entre os usuários de cocaína,essas preocupações atingem 4,2% e 5,2%, respectivamente e entre os usuáriosde crack, 2,1% e 3,2%.Da mesma forma, ficar sem a substância é difícil principalmente para osusuários de tabaco – 46,5% e 43,1% apresentaram sintomas de abstinênciaao tentar parar. Usuários de álcool também apresentam essas preocupações emescala maior (26,7% e 21,6%) que os usuários de substâncias ilícitas, como amaconha para a qual 13,7% dos usuários apresentam dificuldade em ficar semo produto, 4,7% sem a cocaína e 4,1% sem o crack, enquanto os sintomas deabstinência são observados por 12,7% dos usuários de maconha, 10,8% dosconsumidores de cocaína e 5,9% dos usuários de crack.Mais de um terço dos usuários de tabaco se preocupam com o própriouso da substância (37,6%), assim como 33,1% dos consumidores de bebida

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