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120 Drogas no Brasil – Entre a saúde e a justiçanão amplificados pelo caráter proibicionista da política de drogas vigente emnosso país.O caráter contraditório e complexo da totalidade social impõe aproximaçõesparciais ao objeto analisado neste artigo, bem como a recusa de absolutizaçãode qualquer inferência sobre o tema. Tais pressupostos, no entanto, nãoanulam as reais possibilidades de formulação de uma análise crítica capaz dearticular aspectos singulares e universais que constituem a unidade contraditóriada totalidade social.Assim, a Política de Drogas no Brasil será analisada neste artigo como umaresposta histórica e socialmente formulada diante da diversidade do consumodas diferentes substâncias psicoativas. Pretende-se discutir seu real significadoa partir da função que exerce na totalidade social, esta última considerada, aomesmo tempo, como fundamento e objeto de intervenção de toda política.Advertimos, também, que nas análises aqui elaboradas não há nenhumanovidade sobre o tema e talvez nisso repouse um de seus méritos: não abandonaraspectos repisados pelas análises críticas sobre a Política de Drogas mesmoquando são solenemente ignorados pelas autoridades públicas, tratados comodiscurso competente destituído de capacidade política para influir sobre asrespostas públicas ao consumo de substâncias psicoativas e, ouvidos, sem adevida incorporação prática, quase sempre quando pronunciados por especialistasestrangeiros.Breves anotações históricasO proibicionismo sempre foi hegemônico na orientação política dos governosbrasileiros no trato das substâncias psicoativas. As regulações legaisvigentes em nosso país ao longo do século XX, e a legislação atual (2006),expressam o domínio dessa perspectiva, que mantém sua hegemonia mesmodiante do reconhecido “fracasso” 3 histórico de suas convicções ideológicas.3Concordamos com o neurocientista Carl Hart que afirma, “a chamada ‘guerra às drogas’não fracassou. Ela é um grande sucesso para as autoridades empenhadas nessa missão e queganham dinheiro às custas disso. Ela é um grande sucesso para que políticos evitem lidarcom os problemas de justiça social – eles podem desumanizar todos os problemas, colocandoa culpa nas drogas e deslocando a raiz da ruína social. Assim, eles não precisam tratar detemas como a falta de educação, o desemprego e a falta de assistência social, em entrevistapublicada no sítio da Carta Maior em 14/05/2014 – www.cartamaior.com.br.

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