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Uso medicinal da maconha e outras drogas atualmente ilícitas 217tânea, as drogas estão principalmente associadas à imagem de destruição, ruína,decadência e degradação pessoal (15%), destruição e problemas familiares(13%), coisas ruins e erradas (12%) ou morte e coisas que matam (9%) (p.290). A maconha é a primeira droga que vem à cabeça das pessoas (33%) (p.292), e somente 16% e 13% dos entrevistados conhecem, respectivamente,o ecstasy e o LSD (p. 293). Embora somente oito em cada cem pessoas sejamfavoráveis aque os usuários sejam simplesmente presos, 22% consideram queeles devem simultaneamente ser presos e fazer tratamento médico (p. 300) –sem qualquer percepção da diferença entre uso controlado e uso nocivo dedrogas. Em consequência, a opinião pública reforça a ideia de que o uso dedrogas é uma questão de polícia. A questão das drogas emerge, nos gruposfocais, como um tema profundamente enraizado em um discurso moral e familiar,com piores percepções por parte daqueles que têm parentes usuários. Adespeito da associação entre tráfico de drogas e corrupção da polícia, a maioriadas pessoas acredita que a liberação da maconha pode aumentar ainda mais acorrupção (p. 309). Os participantes que apoiam a liberação da maconha, poroutro lado, acreditam que sua legalização enfraqueceria o tráfico e diminuiriaa violência. Eles também acreditam, corretamente, que o uso da maconha nãoestá associado à violência, em contraste com o álcool.A única pesquisa de opinião divulgada que investigou diretamente a legalizaçãoda maconha para fins medicinais foi feita por meio de uma plataformaonline. Os resultados de 1.259 pessoas consultadas indicou que 57% delasseriam favoráveis à legalização da maconha para fins medicinais (ExpertisePesquisas, 2014). Entretanto, a pesquisa online cria algumas limitações para aextrapolação dos dados. Diferentes das informações coletadas pelas fundaçõesPerseu Abramo e Rosa Luxemburgo, em que somente 12% dos entrevistadosrelataram terem usado maconha na vida (p. 287), os dados da pesquisa daExpertise indicaram que quase um quarto dos entrevistados já tinham experimentado.Assumindo que uma maior aceitabilidade das diversas formas delegalização da maconha está associada ao fato de o entrevistado já ter experimentadoa erva, é provável que a aceitabilidade da maconha medicinal sejamenor do que 57% na amostra de uma pesquisa feita por métodos tradicionais.É difícil prever qual é a opinião das pessoas sobre o uso medicinal desubstâncias menos conhecidas, como o MDMA e o LSD.

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