10.07.2015 Views

3rslkEbYP

3rslkEbYP

3rslkEbYP

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

116 Drogas no Brasil – Entre a saúde e a justiçagundo nossos padrões de normalidade, em algum comportamento, até quese torne compulsivo. Diversos autores criticam que a dependência seja umadoença do cérebro, outros apontam até mesmo se pode ser enquadrada comouma doença em detrimento de compulsividades envolvidas com respostas maladaptativas de reatividade a experiências vivenciadas. Um trabalho publicadoem 1996 descreveu todos os sintomas de compulsividade e de efeitos físicos epsicológicos decorrentes da abstinência de cenouras.A nossa cultura regula as tensões e apazigua o processo de convívio socialatravés de reforçar ou inibir comportamentos convenientes entre os pares.Temos milhões de pessoas no planeta que utilizam substâncias e, obviamente,algumas milhares que sofrem em decorrência deste tipo de atividade. Seja pelaexecração cultural, pelos efeitos corpóreos das substâncias, seja pela ausênciade afeto ou atenção que culminou neste comportamento compulsivo ou atémesmo algum outro fator escuso pertencente a esse oceano complexo. O importantea fazer é aceitar o fato que o ser humano usa drogas e que nosso foconão deveria estar nesse uso. Mas sim promover a educação e autonomia emautocuidado para que o cidadão compreenda e opte em realizar o uso desta oudaquela substância, em praticar ou não certos tipos de comportamentos queenvolvam riscos para sua vida ou sociedade. Assim conseguiremos ao menosevitar maiores danos ao propaga-los erroneamente, como vem acontecendocom a política proibicionista.Referências bibliográficasADORNO, R. F. et al. Etnografia da cracolândia: notas sobre uma pesquisa em território urbano.Saúde & Transformação Social, 4 (2):4-13, 2013.American Psychiatric Association. 4th ed., text rev.; DSM–IV–TR, 2000.CARLINI, E. A., GALDURÓZ, J. C. F., NOTO, A. R., FONSECA, A. M., CARLINI, C.M., OLIVEIRA, L. G. II levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil:estudo envolvendo as 108 maiores cidades do País. Brasília: Secretaria Nacional Antidrogas,2005.CARNEIRO, H. Bebida, abstinência e temperança. São Paulo: Senac, 2010.COHEN, P. J. Drugs addiction and the law: Policy, politics and public health, PUBLICHEALTH 30, 2004.DVIES, J. B. The myth of addiction. An application of the psychological. Theory of attribution toillicit drug use. Chur (Suíça): Harwood Academic Publishers, 1993.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!