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Uso medicinal da maconha e outras drogas atualmente ilícitas 213maconha para seu próprio consumo. Para 30,8% o Estado simplesmente nãodeveria autorizar o uso medicinal ou recreativo da maconha (p. 311).Uma das consequências mais prejudiciais da proibição da maconha emmuitos países é justamente a dificuldade de realizar pesquisas para caracterizarsistematicamente seus efeitos biológicos e psicológicos (Nuttet al., 2013;“Brewing a potofhysteria”, 2005). A despeito disso, vários estudos demonstramum amplo potencial terapêutico da maconha e seus vários componentes,como o Δ9-tetra-hidro-canabinol (THC) e o canabidiol (CBD) (Izzo, 2010;Bostwick, 2012; Grant, 2012; Lucas, 2012). Não é surpreendente que issoocorra, pois a maconha foi artificialmente selecionada por seres humanos atravésde incontáveis gerações até se tornar o que é hoje, uma mistura complexade dezenas de fitocanabinoides, que pode gerar muitos tipos diferentes deefeitos terapêuticos e cognitivos, de acordo com as proporções em que ocorremna erva consumida (Russo, 2011; Hill et al., 2012; Mechoulam, 1998).A potencialização de efeitos da combinação dos fitocanabinoides na planta –chamado de “efeito comitiva” – é provavelmente a base do uso da maconha innatura para propósitos medicinais tão distintos.A maconha tem importante aplicação na terapia oncológica, atuandotanto na causa quanto nos sintomas do câncer. Diversos canabinoides da maconhapossuem efeitos antitumorais (Blázquezet al., 2004; Izzo et al. 2009).Embora o tabagismo crônico cause diferentes tipos de câncer (IARC, 2004), oconsumo da maconha fumada não está claramente associado a essas patologias(Hashibe, 2005), possivelmente porque as substâncias antitumorais contidasna maconha compensem os efeitos das substâncias cancerígenas produzidaspela combustão da erva (Blázquezet al, 2004.; Melamede, 2005; Guindon eHohmann, 2011). Além de potencialmente atuar diretamente na redução detumores, a maconha auxilia decisivamente na redução dos efeitos colaterais daquimioterapia e da radioterapia, tais como náuseas, dores e ansiedade (Izzo etal., 2009). Está bem demonstrado que o uso de maconha aumenta o apetitee melhora a qualidade do sono de pacientes oncológicos (Izzo et al., 2009).A capacidade que a maconha tem de inibir vômitos e ansiedade também éimportante no tratamento de pacientes com imunodeficiência induzida peloHIV (Izzo et al., 2009). Existem ainda indícios de que a maconha tambémteria efeitos benéficos na prevenção do diabetes e da doença de Alzheimer

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