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64 Drogas no Brasil – Entre a saúde e a justiçaabrangendo as áreas urbanas e rurais.A amostra probabilística nos estágios desorteio do município e setores censitários estabeleceu quotas respeitando adistribuição populacional segundo gênero e idade, de acordo com o CensoIBGE de 2010.Os resultados da pesquisa apontam para o apoio crescente dos cidadãosem direção a uma política de drogas mais centrada na saúde pública e menosna repressão: dois terços da população (64%) são favoráveis a que osusuários de drogas recebam tratamento médico (p. 300) e para quase metadeda população (48%) são os profissionais da saúde (médicos, psicólogos,terapeutas ocupacionais etc.) que devem decidir as políticas e leis sobredrogas (p. 303).Assim sendo, este capítuloavalia os principais resultados do item da pesquisaintitulado “Entre a saúde e a justiça”. O texto é dividido em duas partes. Na primeira,apresento um histórico das políticas de drogas no Brasil até a aprovaçãoda Nova lei de Drogas (11.343 de 2006); na segunda parte, exploro alguns dosprincipais resultados da pesquisa da FPA/RLS. Por fim, nas considerações finais,cito brevemente algumas das principais experiências internacionais recentes quevêm alterando a agenda internacionaldas políticas públicas sobre drogas.Um histórico das políticas públicas sobre drogas no BrasilO debate público sobre alternativas às políticas públicas sobre drogas encontra-senum momento crucial em termos de soluções e alternativas políticas aomodelo repressivo-criminal vigente no século XX. Nos anos 2000 ampliaram--se alternativas de políticas públicas sobre drogas: seja na forma da regulaçãoestatal de algumas drogas consideradas há pouco tempo como ilegais – caso damaconha – no Uruguai (2013) e nos estados de Colorado e Washington, nosEUA (2012); nas experiências de descriminalização do uso de drogas, comoPortugal (2001); ou na autorização da posse da maconha para uso medicinalno Canadá, que autoriza a maconha para uso medicinal desde 2001 e ampliouo escopo desta política em 2014.Não obstante, o tema no Brasil continua permeado de tabus e estigmasque associam o uso e o comércio de drogas à patologia social. Os meios dedivulgação de comunicação em massa, bem como alguns parlamentares no

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