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Problematizando a “epidemia do crack” e a exploração do punitivismo 171do crack” avançava sem controle pelo país 10 . Diante da constatação, alarde epânico do descontrole da situação, autoridades assumiram a “epidemia” comoum fenômeno social e por isso era preciso “agir rápido”, justificando todas asmedidas possíveis para resolver o problema. O alarde provocou uma série deações de políticas públicas, tanto no âmbito federal quanto no âmbito estadual(principalmente Rio de Janeiro e São Paulo). A proposta/experiência deinternação compulsória para tratamento médico foi imediatamente acompanhadapelas reportagens televisivas como uma solução que poderia resultar emredução da violência. Sem esquecer na possibilidade de higienização do espaçopúblico diante da repugnância que causa em parte da população a visualizaçãodos espaços tomados de “cracudos”.Nota-se que foram poucas as discussões na mídia sobre a violação dosdireitos individuais que produz uma internação compulsória, alguns juristasouvidos como especialistas enfatizaram essa forma de “tratamento” comoarbitrária, e também alguns médicos enfatizaram que nenhum tratamentoobrigatório surte efeitos. Contudo, diante de “zumbis”, não seres-humanos,dificilmente ações democráticas e consensuadas de tratamento seriam possívelpela alienação deste público.É importante destacar que as manchetes intituladas “epidemia do crack” e/ou variações produziram um status quo dominante alarmando o fato do Brasilestar numa situação de descontrole. Embora as controversias sejam muitas,no intuito de noticiar o fenômeno mais grave do país, muitos especialistascom posicionamentos contrários não foram contatados pela imprensa nacional.Em 2014, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) emparceria com a Fundação (2014) lançam pela primeira vez no país um estudonacional sobre o uso do crack. Diferentemente de toda a orientação das10O GLOBO. Epidemia do crack está fora de controle adverte especialistas. Acessível em:.Acesso em 15 jun. 2014. VEJA. O crack é uma epidemiano Brasil, mas o governo não entende assim diz coordenador do CFM. Disponível em:. Acesso em 15 jun. 2014. AGÊNCIA BRA-SIL. Padilha diz que país enfrenta epidemia do crack e defende parceria com estados e município.Disponível em: .Acesso em 15 jun. 2104.

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