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Drogas, prevenção e as ações redutoras de vulnerabilidades 231me assinalam Ayres e colaboradores (2003, p. 136), a intervenção preventivadeveria contribuir para que “as pessoas pudessem de fato buscar e se apropriarde informações que fizessem sentido para elas, se mobilizar autenticamentee achar as alternativas práticas que permitissem superar as situações que asvulnerabilizam”, então, parece-nos possível defender que para estas diretrizesrealmente se concretizarem, esta postura deveria ser inicialmente construída eencorajada desde a infância.Ao utilizarmos a noção da vulnerabilidade para desenvolver intervençõespreventivas estamos, na verdade, procurando ampliar os horizontes normativosque orientam esta ação, quer dizer, estamos buscando a subsunção do idealde controle de uma doença (ou comportamento) para dialogar com interessesde natureza estética, emocional, moral, entre outros (Ayres et al., 1999). Valeressaltar que, no dialogar com outros interesses, sem ser o da pedagogia docontrole, o sentido da prática preventiva se modifica, assim como o seu modode dialogar. Portanto, não é o técnico (professor, psicólogo, médico etc.) quedeterminará como o sujeito–alvo (aluno, participante) deveria se prevenir, masé o próprio sujeito, após intensa reflexão, que se colocará em questão, buscandoformas e apoio para reduzir suas vulnerabilidades.Porém, refletir não é um simples exercício intelectual. Entendemos porreflexão a coragem de tornar o axioma de nossas verdades e o âmbito de nossospróprios fins em coisas que, sobretudo, são dignas de serem colocadas emquestão (Sodelli, 2010b).Como sabemos, refletir nem sempre é sentido pelo Homem como algoagradável e convidativo; ao contrário, a ação de refletir nos remete à possibilidadede poder escolher, de compreender a inospitalidade do mundo, enfim,de se angustiar. Dessa direção, a noção de vulnerabilidade traz para o trabalhopreventivo o desafio de desenvolver ações preventivas que contribuam paraque o aluno aprenda a pensar.É evidente que o pensar/refletir aqui apresentado não corresponde ao pensarque geralmente conhecemos, a saber: aquele pensar que calcula/mede calculantee é teórico/distante.O pensar via a noção de vulnerabilidade é um pensar vivo. Um pensarsobre o mundo, sobre os outros e sobre si mesmo. Neste modo de trabalhar aprevenção buscamos aproximar o aluno de sua própria vida, dos seus sabores

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