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Drogas: no Congresso e na sociedade, um debate necessário 59cado anualmente pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime(UNODC), na sua versão de 2013, reconhece os efeitos quase nulos de tratara questão meramente como uma questão de segurança interna e externa.“Temos que admitir que, a nível global, a demanda por drogas não temsido substancialmente reduzida, e que existem alguns desafios na aplicação dosistema de controle de drogas”, reconhece o Relatório Mundial.Na contramão do pensamento hegemônico global, vários países assumiramcom coragem políticas de redução de danos não apenas para minimizarefeitos para a saúde dos usuários, mas como estratégia de redução do poderioeconômico do tráfico de drogas.Uruguai, Colômbia e Guatemala têm discutido em conjunto a ideia dedespenalizar a produção, distribuição e venda da cannabis, que tem menorefeito negativo sobre a saúde do usuário e cujo comércio tem grande peso naAmérica do Sul. Segundo o Relatório Mundial sobre Drogas de 2013, o usoda cannabis neste continente é mais elevado que na média global (5,7% dapopulação, contra 3,9% na média mundial), mas menor na América Centrale no Caribe (0,3% e 0,2%, respectivamente). É o mais alto volume de substânciapsicoativa apreendida na região. Tirar a droga do circuito do comércioilegal é um dano financeiro considerável ao narcotráfico.Na Europa, Portugal adotou uma legislação que define com clareza o queé um usuário, o que é um traficante de drogas, e nos EUA dois Estados federados,Washington e Colorado, legalizaram a cannabis para fins recreativos.O mundo, portanto, caminha na direção de relativizar o enfrentamento dosproblemas criados pelas drogas psicoativas como um mero problema de segurançainterna e externa.A experiência mais recente, e mais radical, todavia, foi do vizinho Uruguai,que em 2014 finalizou um amplo debate nacional sobre a cannabis, que definiuum modelo internacional para uma política de redução de danos. O paísnão permitiu que indústrias assumissem a produção da substância – a exemplodo que acontece com a indústria do tabaco, das bebidas alcóolicas e dasdrogas farmacológicas de uso legal – e assim, para o futuro, reduziu o podereconômico que elas, se existissem, teriam sobre o sistema político e econômicodo país. O Estado tem o monopólio da droga e o controle sobre o pequenocultivo, permitido na lei, e definiu consumo máximo por usuário. Da forma

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