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Proximidades e opiniões 17deveria ser dado ao tabaco e aos tranquilizantes (58% e 57%, respectivamente),mas somente 42% defendem o mesmo tipo de proibição para o álcool e46% apoiam a permissão para sua venda e consumo.O fato de, atualmente, o governo decidir quais drogas podem ser consumidaslegalmente e quais são proibidas divide as opiniões: 47% considera certoque o governo decida e 39% pensa que a decisão sobre o que consumir deveriacaber a cada indivíduo. É pequena a margem de diferença entre as duas opiniões,o que coloca a discussão sobre a legalização da maconha como oportuna,muito embora pesem argumentos contrários. Justificam que o Brasil não estápreparado para a liberação de qualquer droga e que as drogas lícitas causammuitos danos; as regras teriam que ser amplamente esclarecidas e é muito fortea associação entre drogas e corrupção, governo, polícia e tráfico; a ideia é quetem gente grande ganhando muito dinheiro com isso. Acreditam que a liberaçãoda maconha pode aumentar a corrupção e o desvio de dinheiro público eque o tráfico vai continuar existindo ainda que a droga seja descriminalizada,pois gera muito dinheiro e, quem trafica, financia o crime.Para 36% da população, se o Estado ou o governo vier a autorizar o consumode maconha (seja para fins medicinais ou recreativos), ele deve fiscalizar osfornecedores, controlando a venda; um terço (31%) considera que o governobrasileiro não deveria autorizar o uso da maconha de jeito nenhum, 13% éfavorável a que o Estado forneça a droga para os usuários e 12% acha que cadausuário deveria poder plantar a maconha para seu próprio uso. Vê-se, portanto,que mais de dois terços da população admite a possibilidade de o governoregulamentar, de alguma maneira, o uso de substâncias atualmente ilícitas,ainda que com ressalvas.Os que justificam a discordância com a regulamentação da maconha passamuito mais por uma moralização do Estado e da polícia, e uma ação maiseficaz contra a violência que envolve o tráfico e o mundo da droga do que porargumentos relacionados à saúde. A discussão do tema, enquanto um problemade saúde pública, ainda é frágil e gera polêmicas. Parte da opinião públicaacredita que deve existir tratamento preventivo e mais efetivos para quem usadrogas, de modo a reintegrá-lo na sociedade com menos trauma. Por outrolado, em alguns casos não veem soluções, a não ser a internação compulsóriapara quem está viciado e não consegue tomar decisões por si. Esse assunto,

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