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Os Diferentes Matizes da Educação Ambiental no Brasil

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talvez até por isso, evoluiu proporcionalmente me<strong>no</strong>s: de 94 mil escolas em<br />

2001, para 110 mil, em 2004 (crescimento de 17%). Em compensação, quase<br />

que dobrou o número de escolas que adotavam a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de “projetos de EA”:<br />

de 33,6 mil em 2001, para 64,3 mil em 2004. E, apesar do número muito me<strong>no</strong>r,<br />

percentualmente ocorreu o mesmo com a EA como “disciplina especial”: um<br />

avanço de 2,9 mil escolas em 2001, para 5,5 mil em 2005.<br />

Dado curioso. Ao buscar checar se a adoção <strong>da</strong> EA tem relação direta<br />

com a presença de equipamentos, concluiu-se que sim. Em 2004 ela estava<br />

mais presente em escolas que tinham computador para uso pe<strong>da</strong>gógico e/ou<br />

laboratório de informática. Mas não se constatou o mesmo tipo de correlação<br />

entre a disponibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> internet na escola e a adoção <strong>da</strong> EA. Para completar,<br />

ficou evidente a associação entre escolas com videocassete e televisão com a<br />

prática <strong>da</strong> EA. Só que, em 2001, essa afini<strong>da</strong>de foi mais forte de que em 2004.<br />

DE NOVO, TEORIA x PRÁTICA<br />

Quem li<strong>da</strong> com EA, ou com gestão de projetos e programas em outras<br />

áreas, sabe quão crucial é checar a efetivi<strong>da</strong>de dos trabalhos desenvolvidos.<br />

Uma saí<strong>da</strong> é estabelecer indicadores que revelem se a ação realiza<strong>da</strong> gerou os<br />

efeitos práticos desejados. No caso do Censo Escolar promovido pelo Inep,<br />

algumas questões inseri<strong>da</strong>s <strong>no</strong> questionário-base permitiram verificar se a<br />

prática <strong>da</strong> EA, quando existente na escola, provocou atitudes positivas para<br />

com o ambiente físico <strong>da</strong> própria instituição e para a comuni<strong>da</strong>de do entor<strong>no</strong>.<br />

Uma destas questões focou o desti<strong>no</strong> <strong>da</strong>do aos resíduos sólidos.<br />

Com base nessas informações, uma publicação <strong>da</strong> CGEA/MEC – que<br />

avaliou a evolução <strong>da</strong> EA <strong>no</strong> meio escolar <strong>no</strong> período 2003-2006 – classifica<br />

como “preocupantes” as respostas a essa pergunta. É que, em 2004, quase<br />

metade <strong>da</strong>s escolas que realizavam EA (49,3%) contavam com o serviço de<br />

coleta periódica de lixo. Mas, em segundo e terceiro lugares estavam as atitudes<br />

poluentes <strong>da</strong> queima do lixo (41,3%) e de jogá-lo em outras áreas (11,9%). Por<br />

outro lado, o reuso dos materiais e a reciclagem – ecologicamente mais corretos<br />

– não ultrapassavam a faixa dos 5%. Mesmo considerando limitações de infraestrutura<br />

pública quanto à coleta de lixo, esses números seriam um retrato <strong>da</strong><br />

distância entre os postulados sobre os quais se constrói a lógica pe<strong>da</strong>gógica <strong>da</strong><br />

EA e a prática <strong>no</strong> meio escolar.<br />

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