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Os Diferentes Matizes da Educação Ambiental no Brasil

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esumo e avaliação de ca<strong>da</strong> uma – usando como principal fonte o mencionado<br />

livro do MMA – informam que to<strong>da</strong>s elas nasceram com pontos em comum.<br />

São movimentos de oposição à EA conservadora, aquela “que está de acordo<br />

com a reali<strong>da</strong>de socioambiental vigente e, por isto, é incapaz de transformála”;<br />

marca<strong>da</strong> pela “despolitização e a não contextualização social, econômica<br />

e cultural”, e cujo enfoque “prioriza uma posição de produção e transmissão<br />

de conhecimentos e valores ecologicamente corretos, reforça o dualismo<br />

socie<strong>da</strong>de-natureza existente, sem colocar o homem como sujeito responsável<br />

pela crise ambiental e sua solução”. E mais: as quatro EAs em análise têm raízes<br />

comuns, primeiramente na proposta de educação popular de Paulo Freire, mas<br />

também <strong>no</strong> pensamento de Edgar Morin.<br />

<strong>Os</strong> resumos não poupam aspas, citando criadoras/es, ou divulgadoras/es. Eis<br />

alguns pontos, pinçados só para <strong>da</strong>r uma idéia do que são essas adjetivações:<br />

• EA crítica. Descrita por Isabel Carvalho, como já mostramos, teria<br />

a intenção de formar “indivíduos e grupos sociais capazes de identificar,<br />

problematizar e agir em relação às questões socioambientais, tendo como<br />

horizonte uma ética preocupa<strong>da</strong> com a justiça ambiental”. O especialista Mauro<br />

Guimarães, que se dedica também a essa vertente, destaca o geógrafo Milton<br />

Santos como outra referência, e ressalta que as ações pe<strong>da</strong>gógicas vinculam-se<br />

à contextualização <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de.<br />

• EA transformadora. Explica<strong>da</strong> por Carlos Frederico Loureiro, que<br />

menciona um conjunto de referências adicionais, tais como o ecossocialismo de<br />

Boaventura Souza Santos e a tradição dialética marxista <strong>da</strong> Escola de Frankfurt.<br />

Entre as finali<strong>da</strong>des, a de “revolucionar os indivíduos em suas subjetivi<strong>da</strong>des<br />

e práticas nas estruturas social-naturais existentes”, buscando romper padrões<br />

dominadores que caracterizam a contemporanei<strong>da</strong>de. Seria uma “educação<br />

permanente, cotidiana e coletiva pelo qual agimos e refletimos, transformando<br />

a reali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>”. Também mira as “pe<strong>da</strong>gogias problematizadoras do<br />

concreto vivido” com uma metodologia que desemboque na participação e<br />

exercício <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia.<br />

• EA Emancipatória. Apresenta<strong>da</strong> por Gustavo Ferreira <strong>da</strong> Costa Lima,<br />

também almeja a politização e a construção de uma educação libertadora.<br />

Deriva<strong>da</strong> do encontro entre setores <strong>da</strong> educação e movimentos sociais/<br />

ambientais, a proposta inclui “enfatizar e associar as <strong>no</strong>ções de mu<strong>da</strong>nça social<br />

e cultural, de emancipação/libertação individual e de integração <strong>no</strong> sentido de<br />

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