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Os Diferentes Matizes da Educação Ambiental no Brasil

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Raio X <strong>da</strong>s redes de EA <strong>no</strong> a<strong>no</strong> 2000<br />

É preciso conhecer o terre<strong>no</strong>, para traçar as melhores trajetórias. Resultado<br />

enriquecedor, mas pouco comentado do encontro “Cultura de Redes”, <strong>no</strong> Rio de<br />

Janeiro, foi um esboço do estado <strong>da</strong> arte <strong>da</strong>s redes de EA <strong>no</strong> país, feito na ocasião.<br />

Notou-se, entre os pontos comuns, que to<strong>da</strong>s contavam com uma instância de<br />

gestão, a facilitação. E, característica desse tipo de organização, por decisão <strong>da</strong>s<br />

próprias redes (também adota<strong>da</strong> pela própria Rebea), nenhuma era formaliza<strong>da</strong><br />

como pessoa jurídica. Mas a mesma diversi<strong>da</strong>de que marca as práticas de EA também<br />

caracterizava as redes. Ca<strong>da</strong> uma vivia um estágio diferenciado de implantação.<br />

Três redes regionais – matogrossense, paraibana e catarinense (Remtea, REA/<br />

Pb, Reabri) – ancoravam-se em universi<strong>da</strong>des federais e estaduais. Já a mineira Rmea<br />

tinha a secretaria de meio ambiente de Belo Horizonte como âncora. E a paulista<br />

Repea estruturara-se em elos, por bacias hidrográficas, contando em sua base com<br />

organizações ambientalistas, <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil.<br />

No Espírito Santo, estava desarticula<strong>da</strong> a rede que fora tão ativa na estruturação<br />

do III Fórum de EA em 1997. Em outras regiões, Rio de Janeiro, Pantanal e<br />

Pará, instituições trabalhavam pela criação de <strong>no</strong>vas redes. Quanto à forma de se<br />

comunicar, quatro redes – paulista, mato-grossense, paraibana e do Vale do Itajaí<br />

–, contavam com sítios e listas de discussão. A mineira mantinha só uma lista de<br />

discussão. Vale lembrar que o acesso à internet ain<strong>da</strong> era para poucos. No caso <strong>da</strong><br />

Rebea, a lista de discussão modera<strong>da</strong> por Cristina Guarnieri tinha algo como dez<br />

participantes, recor<strong>da</strong> Vivianne Amaral.<br />

Normalmente, a Rebea promovia a escolha <strong>da</strong> facilitação nacional durante<br />

Fóruns de EA. Na reunião do Rio de Janeiro houve uma ampliação: chegou-se a<br />

oito organizações facilitadoras e 16 elos, que atuavam como nós regionais e locais.<br />

Todos atuando voluntariamente, sem contrato formal. Para a secretaria-executiva,<br />

havia muitas responsabili<strong>da</strong>des. Por exemplo, manter o ca<strong>da</strong>stro de enti<strong>da</strong>des e<br />

facilitadores, cui<strong>da</strong>r <strong>da</strong> infra-estrutura em ativi<strong>da</strong>des como reuniões <strong>da</strong> facilitação,<br />

e <strong>da</strong> memória <strong>da</strong> Rebea.<br />

O pré-levantamento sobre as redes, também evidenciou a carência por parceiros<br />

para viabilizar ações e projetos, assim como a necessi<strong>da</strong>de de capacitar os facilitadores<br />

para o domínio <strong>da</strong>s ferramentas eletrônicas de comunicação. A experiência <strong>da</strong><br />

Rebea com o “ciberfórum” era um exemplo de como o meio eletrônico era subaproveitado,<br />

não só pela falta de conhecimento de todos os recursos do meio virtual,<br />

mas também pela estrutura insuficiente para a comunicação. As redes não tinham<br />

como arcar com os altos custos de telefonia, dos equipamentos e de profissionais<br />

remunerados que dedicassem tempo integral ao projeto.<br />

De forma geral, ca<strong>da</strong> rede buscava outros meios de comunicação, além <strong>da</strong><br />

internet, para atender seus nós. Algumas publicavam boletins impressos, como os<br />

<strong>da</strong>s redes Mineira (Caia na rede) ou a <strong>da</strong> Paraíba (Reação). Mas a maioria apostava<br />

nas reuniões presenciais como o motor do fortalecimento.<br />

Também se constatou que, talvez para rebater a ausência de um fórum nacional,<br />

multiplicaram-se encontros estaduais de EA. No mesmo a<strong>no</strong> 2000, a Rmea realizou<br />

o seu 1º encontro. No a<strong>no</strong> seguinte, a Remtea partiria para seu segundo encontro<br />

<strong>no</strong> Mato Grosso, enquanto a REA/PB faria seu primeiro, para o Nordeste.<br />

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