07.06.2013 Views

Os Diferentes Matizes da Educação Ambiental no Brasil

Os Diferentes Matizes da Educação Ambiental no Brasil

Os Diferentes Matizes da Educação Ambiental no Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

currículo ou <strong>no</strong> de estudos pe<strong>da</strong>gógicos do Ensi<strong>no</strong> Fun<strong>da</strong>mental. Mas ain<strong>da</strong><br />

poucas contavam com setores/divisões específicos para essa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de. A<br />

decisão em favor <strong>da</strong> EA era <strong>no</strong>rtea<strong>da</strong> pelos PCNs e a Lei 9.795/99, <strong>da</strong> Política<br />

Nacional de EA, mesmo antes <strong>da</strong> regulamentação.<br />

As secretarias estaduais estavam à frente <strong>da</strong>s municipais, já que cerca de<br />

metade destas não tinham técnica/o para tratar de EA, que aliás, segundo o<br />

levantamento, ain<strong>da</strong> era entendi<strong>da</strong> como um conteúdo a ser trabalhado com<br />

outras matérias, em vez de política a ser implementa<strong>da</strong>. Tanto <strong>no</strong>s órgãos<br />

estaduais quanto <strong>no</strong>s municipais, projetos e ações em EA eram, em geral,<br />

ditados pela parceria com órgãos ambientais e ongs ambientalistas.<br />

Talvez sua conclusão mais importante tenha sido que, apesar dos avanços<br />

alcançados até então, havia uma longa caminha<strong>da</strong> a cumprir para enraizar a<br />

EA nesses órgãos de gover<strong>no</strong>. Indicadores disso seriam o modo como a EA<br />

se inseria na estrutura organizacional dessas instituições, a constatação de uma<br />

articulação ain<strong>da</strong> fraca com as demais políticas educacionais, e a freqüente<br />

adoção <strong>da</strong> EA como projetos especiais em parceria com instituições externas.<br />

AVALIANDO O PAMA<br />

Lucila Pinsard Vianna, coordenadora <strong>da</strong> COEA/MEC durante todo<br />

desenvolvimento do PAMA, que se encerraria oficialmente em 2003, recor<strong>da</strong><br />

que o maior desafio <strong>da</strong> época inicial, em 2001, era inserir a EA nas políticas<br />

de formação em serviço de educadoras/es dos sistemas de ensi<strong>no</strong>. Até então,<br />

lembra, a EA inseria-se nas escolas por meio de ações esporádicas, fora <strong>da</strong><br />

grade curricular ou <strong>da</strong> proposta pe<strong>da</strong>gógica. Em outras palavras, resumia-se, em<br />

geral, a projetos temáticos, campanhas em <strong>da</strong>tas comemorativas, ou iniciativas<br />

extracurriculares decorrentes do entusiasmo de um/a ou mais docentes, mas<br />

sem objetivos claros.<br />

Não faltavam motivos para isso. Na mesma direção de outros especialistas,<br />

ela cita a carência na formação de docentes para trabalharem a EA de<br />

modo transversal e interdisciplinar, bem como de materiais didáticos que<br />

contemplassem especifici<strong>da</strong>des regionais e aju<strong>da</strong>ssem a contextualizar o tema.<br />

E mais: nas próprias escolas públicas, nem sempre havia infra-estrutura física e<br />

institucional para encontros e planejamentos coletivos.<br />

Mas a coordenadora ressalta outro fator que o PAMA queria mu<strong>da</strong>r: a<br />

concepção negativista por trás <strong>da</strong> EA pratica<strong>da</strong> <strong>no</strong> meio escolar. Por influência<br />

<strong>da</strong> cultura <strong>da</strong> militância política, marca<strong>da</strong> pelo “dever ser / dever fazer”, segundo<br />

97

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!