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Os Diferentes Matizes da Educação Ambiental no Brasil

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pesquisadoras/es representando grupos de EA, o que tor<strong>no</strong>u mais significativo<br />

o retor<strong>no</strong> na avaliação na equipe responsável pelo levantamento. Em julho de<br />

2005 aconteceria um seminário, em In<strong>da</strong>iatuba, interior paulista, para revisar<br />

os resultados.<br />

Primeira constatação: a maior parte desses grupos surgiu após o a<strong>no</strong> 2000,<br />

com foco <strong>no</strong> estudo, pesquisa, extensão e gestão <strong>da</strong> EA. Via-se neles um leque<br />

largo de participantes: profissionais, especialistas e técnicas/os, estu<strong>da</strong>ntes,<br />

docentes, pesquisadoras/es, representantes de organizações governamentais e<br />

não governamentais. Como campo de atuação também imperava a diversi<strong>da</strong>de:<br />

desde grupos direcionados à gestão ambiental, até os dedicados à mobilização<br />

e capacitação social, à ambientalização curricular e à ação em rede.<br />

NÚMEROS E INTERPRETAÇÕES<br />

A riqueza observa<strong>da</strong> <strong>no</strong>s grupos aparentemente contrariava as informações<br />

sobre a estrutura formal de EA <strong>no</strong> meio universitário: me<strong>no</strong>s de um terço <strong>da</strong>s/<br />

os respondentes (30%) afirmou que suas instituições possuíam órgãos para<br />

centralizar e/ou coordenar as ações na área.<br />

Apesar de parecer pouco, a pesquisa verificou que, <strong>no</strong> caso <strong>da</strong> existência desse<br />

tipo de estrutura, também havia varie<strong>da</strong>de, seja nas atribuições e abrangência<br />

<strong>da</strong>s práticas, seja <strong>no</strong> tipo de espaços educadores. Laboratórios, núcleos, centros<br />

de educação ambiental foram os mais citados. O suporte financeiro, em geral,<br />

vinha <strong>da</strong> própria instituição universitária. Mas existiam múltiplas parcerias, na<br />

promoção de ativi<strong>da</strong>des: com órgãos governamentais e não-governamentais,<br />

escolas etc. Majoritariamente os grupos atendiam ao público exter<strong>no</strong>.<br />

Uma <strong>da</strong>s fragili<strong>da</strong>des que a pesquisa permitiu observar foi a falta de vínculo<br />

entre o processo de inserção <strong>da</strong> EA na instituição e a estrutura administrativa<br />

(pró-reitorias ou diretorias). Em outras palavras, apesar <strong>da</strong> lei que instituiu<br />

a Política Nacional de EA ter sido regulamenta<strong>da</strong> em 2002, o levantamento<br />

comprovou que, três a<strong>no</strong>s depois, ain<strong>da</strong> eram raras as universi<strong>da</strong>des que<br />

entendiam a EA como elemento essencial em sua política institucional. Dois<br />

sintomas: 1- não priorização <strong>da</strong> gestão ambiental dos campi, considera<strong>da</strong><br />

dimensão essencial <strong>da</strong> formação ambiental; 2- o predomínio de projetos de<br />

EA (em vez de programas). Diga-se de passagem que igual situação já fora<br />

aponta<strong>da</strong> na pesquisa promovi<strong>da</strong> por redes de EA em cinco Estados e um<br />

bioma, divulga<strong>da</strong> ao final do V Fórum 122 .<br />

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