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Os Diferentes Matizes da Educação Ambiental no Brasil

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Revelou-se a evolução numérica ascendente. Apenas 1,2% dos trabalhos<br />

eram dos a<strong>no</strong>s 1980. Na déca<strong>da</strong> seguinte, produziu-se um terço (33,2%). E,<br />

<strong>no</strong> curto período 2000 a 2003, nasceu o resto, ou seja, 65,6%, além de mais 24<br />

trabalhos feitos em programas de mestrado profissionalizante. Para justificar essa<br />

ascensão, os autores citam alguns marcos. Em 1992, a Rio-92 teria contribuído<br />

para que a EA se instituísse “como área de pesquisa em consonância com<br />

os movimentos internacionais”. Em 1997, a inclusão de meio ambiente como<br />

tema transversal <strong>no</strong>s Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) também teria<br />

estimulado a EA. Ao mesmo tempo, também houve a expansão dos cursos de<br />

pós-graduação <strong>no</strong> país, e a popularização do tema meio ambiente <strong>no</strong> país.<br />

Quanto à origem dos trabalhos, o estudo detectou um amplo leque de cursos:<br />

212 programas de mestrado e 40 de doutorado, distribuídos respectivamente<br />

em 87 e 40 instituições de ensi<strong>no</strong> superior. Quase metade (45%) eram cursos<br />

<strong>da</strong>s áreas de <strong>Educação</strong> e Ensi<strong>no</strong>. <strong>Os</strong> resultados relativos à sua distribuição<br />

regional se assemelham aos <strong>da</strong> FSA. Na região Sudeste encontrou-se quase<br />

metade dos trabalhos (48,7%), seguido <strong>da</strong> região Sul (30,3%), Centro-Oeste<br />

(10,8%), Nordeste (8,1%) e Norte (2,1%, apenas mestrado).<br />

Um motivo lógico: segundo a Capes, em 2005, dos 3.072 cursos de pósgraduação<br />

reconhecidos <strong>no</strong> país, 58,3% estão na Região Sudeste, 18,9% na<br />

Região Sul, 14,2% na Região Nordeste, 5,6% na Região Centro-Oeste e apenas<br />

3 % na Região Norte. Se assim é, o número de trabalhos em EA manteve igual<br />

proporção.<br />

<strong>Os</strong> autores decidiram seguir a classificação do CNPq para identificar as áreas<br />

de conhecimento dos programas de pós-graduação em que se encontraram<br />

teses e dissertações sobre EA. Mais <strong>da</strong> metade (52,3%) eram cursos em Ciências<br />

Humanas. Em patamar bem inferior, estão o segundo ao sexto colocados: cursos<br />

multidisciplinares (10%), engenharia (9,8%), Ciências Biológicas (7,2%), Sociais<br />

e Aplica<strong>da</strong>s (6,1%) e Agrárias (5,9%). As demais áreas não representaram mais<br />

que 3% do total.<br />

Ao ler 132 resumos de três programas de <strong>Educação</strong> (Unicamp, UFMT e<br />

mestrado em EA <strong>da</strong> Furg), viu-se um equilíbrio entre o foco na EA formal<br />

(45,4%) e EA não formal (46,2%) e que discute ambas (7,6%).<br />

São resultados que, segundo os autores, confirmam o crescimento vigoroso<br />

<strong>da</strong> área de pesquisa em EA, com uma “significativa dispersão de temas e<br />

problemas investigados”. Resultado colateral <strong>da</strong> pesquisa foi perceber um<br />

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