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Os Diferentes Matizes da Educação Ambiental no Brasil

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contra um projeto do gover<strong>no</strong> estadual que pretendia aprovar a instalação<br />

de usinas álcool na Bacia do Alto Paraguai, ele se enrolou em colchonetes,<br />

espalhou gasolina e ateou fogo. Morreria <strong>no</strong> hospital <strong>no</strong> dia seguinte, 13 de<br />

<strong>no</strong>vembro. O gesto do jornalista e ex-membro do Conselho Nacional do Meio<br />

Ambiente (Conama) surpreendeu até seus familiares e amigos mais próximos.<br />

“Já que não temos votos para salvar o Pantanal, vamos <strong>da</strong>r a vi<strong>da</strong> para salvá-lo”,<br />

declarou em uma de suas cartas de despedi<strong>da</strong>.<br />

Um ponto comum desses eventos foi a disseminação de <strong>no</strong>tícias e<br />

comentários, por meio <strong>da</strong> internet. Capazes de provocar ver<strong>da</strong>deiras<br />

“tempestades de e-mails” nas caixas postais de formadoras/es de opinião,<br />

as mensagens eletrônicas estavam consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>s, em 2005, como um <strong>no</strong>vo<br />

instrumento de pressão sobre quem faz política e sobre quem produz <strong>no</strong>tícias.<br />

O BRASIL E A DÉCADA DA EA<br />

Enquanto isso, a Organização <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s (ONU) e a Unesco<br />

deslanchavam a Déca<strong>da</strong> <strong>da</strong> <strong>Educação</strong> para o Desenvolvimento Sustentável,<br />

que se estenderia de 2005 a 2014. Com o poder de disseminação que possuíam,<br />

planejavam enfatizar o papel <strong>da</strong> educação <strong>no</strong> enfrentamento <strong>da</strong> problemática<br />

socioambiental e a conquista <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong>de. Expressando o apoio do<br />

gover<strong>no</strong> federal, o Órgão Gestor <strong>da</strong> PNEA reconhecera a iniciativa como<br />

“potencializadora <strong>da</strong>s políticas, programas e ações educacionais”, e preparou<br />

um diretório brasileiro com cerca de 80 documentos sobre a iniciativa,<br />

disponiblizado pela internet 115 .<br />

No entanto, na<strong>da</strong> disso arrefeceu a polêmica em tor<strong>no</strong> <strong>da</strong> dicotomia<br />

EDS x EA, como ficou claro em 2 de junho, <strong>no</strong> Rio de Janeiro, durante o<br />

encerramento do Congresso Ibero-America<strong>no</strong> sobre Desenvolvimento<br />

Sustentável (Sustentável 2005). Era o evento anual do Conselho Empresarial<br />

<strong>Brasil</strong>eiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), organização forma<strong>da</strong><br />

por cerca de 50 empresas de grande porte operando <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. Simbolicamente,<br />

foi lá que aconteceu uma cerimônia de lançamento <strong>da</strong> Déca<strong>da</strong> <strong>da</strong> EDS para a<br />

América Latina.<br />

Neste cenário caracterizado pela presença empresarial, educadoras/es<br />

ambientais lançaram o Manifesto pela <strong>Educação</strong> <strong>Ambiental</strong>, que questionava<br />

a adoção <strong>da</strong> expressão EDS, em detrimento do acúmulo histórico trazido pelo<br />

termo EA. O documento mostrava que <strong>Educação</strong> para o Desenvolvimento<br />

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