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Os Diferentes Matizes da Educação Ambiental no Brasil

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quatro a<strong>no</strong>s para apoio a projetos e programas relacionados à biodiversi<strong>da</strong>de.<br />

Segundo críticas, seria me<strong>no</strong>s de um oitavo do valor estimado só para implantar<br />

as áreas de proteção previstas na metas para 2010.<br />

• Apoio à pesquisa. Cientistas denunciaram deficiências na estrutura<br />

de pesquisa, que dificultariam a ampliação do conhecimento sobre a<br />

biodiversi<strong>da</strong>de.<br />

• Esterilização genética, ou gurt. Tema dos mais polêmicos. Gurt é a sigla<br />

em inglês para ‘tec<strong>no</strong>logias genéticas de restrição de uso’. Também chama<strong>da</strong> de<br />

terminator ou ‘gerador de sementes suici<strong>da</strong>s’ é mais fácil de explicar com um<br />

exemplo. A planta com tec<strong>no</strong>logia terminator contém um mecanismo capaz de<br />

“desligar” determinados genes, para que as sementes colhi<strong>da</strong>s não germinem.<br />

Resultado: o replantio é impossível. Segundo denúncias, a intenção <strong>da</strong>s indústrias<br />

transnacionais detentoras <strong>da</strong> tec<strong>no</strong>logia, seria “escravizar” agricultoras/es,<br />

obrigando-os/as a sempre recomprar sementes. No outro lado, defensoras/<br />

es dos gurts alegaram que a esterilização evitaria a contaminação transgênica<br />

de culturas vizinhas. O que defensoras/es <strong>da</strong> precaução contestaram, pela<br />

possibili<strong>da</strong>de do pólen transgênico se espalhar e esterilizar espécies nativas.<br />

Vitória ambientalista: a MOP3 manteve a moratória à tec<strong>no</strong>logia.<br />

• Na<strong>no</strong>tec<strong>no</strong>logia. Conjunto de técnicas que permite manipular a matéria<br />

em nível molecular, que suscitou protestos de grupos sociais organizados<br />

preocupados, por exemplo, com as conseqüências do “lixo na<strong>no</strong>tec<strong>no</strong>lógico”<br />

sobre o ambiente. Nenhum avanço nessa área.<br />

• Biopirataria. Com o slogan “O cupuaçu é <strong>no</strong>sso”, manifestações<br />

denunciaram obtenção de patentes de espécies brasileiras por empresas<br />

estrangeiras, como ocorreu com o brasileiríssimo cupuaçu. Mais: organizações<br />

sociais lançaram o prêmio Capitão Gancho <strong>da</strong> Biopirataria para ‘homenagear’<br />

empresas, países e pessoas, segundo elas, fomentadoras <strong>da</strong> biopirataria<br />

internacional.<br />

• Preservação <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de cultural. Expressa<strong>da</strong> <strong>no</strong> conhecimento dos<br />

povos tradicionais sobre incontáveis usos <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de e refleti<strong>da</strong>, por<br />

exemplo, <strong>no</strong>s hábitos alimentares de ca<strong>da</strong> região, incitou manifestações <strong>no</strong>s<br />

eventos paralelos. Assunto muito ligado à discussão de <strong>no</strong>rmas internacionais<br />

para o acesso aos recursos genéticos e a proteção dos conhecimentos<br />

internacionais, em pauta na COP8. Representantes de povos tradicionais<br />

chegaram a fazer manifestações públicas para pedir essa proteção, bem como a<br />

compensação, em caso do uso desses conhecimentos.<br />

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