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Os Diferentes Matizes da Educação Ambiental no Brasil

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Um centro de referência virtual para a EA<br />

Foram várias as tentativas, <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s 1990, de reunir em bancos de <strong>da</strong>dos a<br />

constelação de experiências em EA promovi<strong>da</strong>s pelos diferentes atores sociais, em<br />

to<strong>da</strong>s as regiões do país. Sua consoli<strong>da</strong>ção facilitaria a vi<strong>da</strong> de educadoras/es em<br />

busca de idéias e referências para suas ativi<strong>da</strong>des de EA, e também de formuladoras/<br />

es de políticas públicas.<br />

Mas foram necessários três fatores para deslanchar o Sistema <strong>Brasil</strong>eiro de<br />

Informação sobre <strong>Educação</strong> <strong>Ambiental</strong> (SIBEA), em 2000. De um lado, o lançamento<br />

do Projeto Gover<strong>no</strong> Eletrônico (eGov), que previa disponibilizar informações aos<br />

brasileiros através <strong>da</strong> internet. De outro, o estabelecimento do Programa Nacional<br />

de <strong>Educação</strong> <strong>Ambiental</strong> e <strong>da</strong> Política Nacional de EA, cria<strong>da</strong> por lei em 1999, que<br />

previram a difusão de conhecimentos sobre a questão ambiental, bem como de<br />

experiências de EA locais e regionais bem sucedi<strong>da</strong>s.<br />

Por fim, e com base nisso, a previsão, <strong>no</strong> Programa Plurianual de Gover<strong>no</strong><br />

2000-2003 (PPA), de recursos para o desenvolvimento, pelo MMA, de um<br />

abrangente banco de <strong>da</strong>dos sobre o tema. Para refletir as diferentes posições<br />

políticas e culturais, bem como a diversi<strong>da</strong>de dos conhecimentos locais, pensouse<br />

num sistema compartilhado por instituições representativas de EA. Por isso, o<br />

ministério realizou reuniões com diferentes setores, em 2001 e 2002.<br />

O primeiro resultado <strong>da</strong> interação seria a seleção de 150 palavras-chave dividi<strong>da</strong>s<br />

em 15 grupos, que orientariam o banco de <strong>da</strong>dos. Em segui<strong>da</strong>, o Fundo Nacional do<br />

Meio Ambiente (FNMA) disponibilizou o equivalente a US$ 500 mil para financiar<br />

projetos voltados à geração de <strong>da</strong>dos. Daí nasceu, por exemplo, o projeto Tecendo<br />

Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, desenvolvido pela Rebea – que se tor<strong>no</strong>u parceira do SIBEA na iniciativa<br />

–, e o apoio à estruturação de <strong>no</strong>vas redes de EA, como veremos adiante.<br />

Por fim, criou-se o Grupo de Gestão do SIBEA (GGSIBEA), composto por<br />

cinco representantes do gover<strong>no</strong> federal (MMA, MEC, Ibama), um do Conama, e<br />

seis <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil (indicados pela Rebea, Centro de EA do Senac, e associações<br />

nacionais de Pós-Graduação Pesquisa em Ambiente e Socie<strong>da</strong>de e de Pesquisa<br />

e Pós-Graduação em <strong>Educação</strong>). Entre seus direitos, a definição de priori<strong>da</strong>des,<br />

políticas e padrões de alimentação do sistema. Mas havia o dever de atuar na cogestão<br />

do sistema, aju<strong>da</strong>ndo a inserir e vali<strong>da</strong>r <strong>da</strong>dos. Em agosto de 2002, criou-se<br />

uma lista de discussão desse grupo, para a troca de idéias.<br />

Usando as ferramentas de interativi<strong>da</strong>de disponíveis pelo padrão tec<strong>no</strong>lógico<br />

<strong>da</strong> época, após o ca<strong>da</strong>stro <strong>no</strong> sistema, a pessoa poderia inserir suas informações,<br />

indicando palavras-chave para auxiliar a busca posterior <strong>da</strong>/o internauta. <strong>Os</strong> <strong>da</strong>dos<br />

seriam vali<strong>da</strong>dos, antes de entrarem <strong>no</strong> ar. As informações ganhariam destaque<br />

por um tempo, sendo então substituí<strong>da</strong>s por outras, mais recentes. Mas ficariam<br />

armazena<strong>da</strong>s em um banco de <strong>da</strong>dos do sistema.<br />

Na prática, foram cria<strong>da</strong>s seções sobre instituições, pessoas do ramo<br />

(educadoras/es ambientais, especialistas, pesquisadoras/es), ativi<strong>da</strong>des (programas,<br />

cursos, projetos), materiais de apoio (bibliografia, teses, periódicos etc.), legislação,<br />

<strong>no</strong>tícias e agen<strong>da</strong>. Seguiram-se padrões internacionais de organização dos <strong>da</strong>dos,<br />

com várias possibili<strong>da</strong>des para realizar a consulta: por palavra-chave, matriz de<br />

assuntos, <strong>da</strong>tas e/ou regiões.<br />

Só que, com o rápido avanço <strong>da</strong>s tec<strong>no</strong>logias <strong>da</strong> informação, em poucos a<strong>no</strong>s<br />

o Sistema ficou defasado. Em 2005, com recursos do convênio de cooperação<br />

técnica com a Unesco, o Órgão Gestor <strong>da</strong> PNEA iniciou a reforma tec<strong>no</strong>lógica,<br />

que resultaria <strong>no</strong> relançamento do SIBEA em 2007, como veremos adiante.<br />

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