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Anais do IV Seminário de Pesquisa do Programa de Pós ...

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vez com o apoio <strong>do</strong> governo <strong>de</strong> Buenos Aires, que não conseguira com que Artigas se unisse a<br />

eles, nem conseguiam combatê-lo.<br />

Uma nova intervenção luso-brasileira também era apoiada pelas elites locais da Banda<br />

Oriental, pois a província estava exaurida pelas guerras, e o movimento artiguista radicalizava-se,<br />

oferecen<strong>do</strong> perigo às proprieda<strong>de</strong>s e ativida<strong>de</strong>s comerciais <strong>de</strong>stas elites. Para elas, uma<br />

intervenção luso-brasileira representaria a chance <strong>de</strong> uma nova abertura <strong>do</strong> comércio, o fim <strong>do</strong>s<br />

conflitos na província, bem como uma alternativa para não ter <strong>de</strong> se submeterem ao jugo <strong>de</strong><br />

Buenos Aires.<br />

Ainda em 1816, as forças luso-brasileiras cruzam a fronteira da Banda Oriental para<br />

combater os segui<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Artigas, e pouco tempo antes das tropas invadirem o território Oriental<br />

foi enviada ao Rio da Prata uma esquadra com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> bloquear o porto <strong>de</strong> Montevidéu.<br />

Depois <strong>de</strong> uma longa marcha e algumas batalhas as tropas luso-brasileiras entram na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Montevidéu vitoriosas em 20 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1817. Contu<strong>do</strong> a resistência artiguista só seria vencida<br />

em 1820, com a fuga <strong>de</strong> José Artigas para o Paraguai. Após a tomada <strong>de</strong> Montevidéu, iniciou-se<br />

na cida<strong>de</strong> uma administração portuguesa, em parte viabilizada pela permanência das tropas em<br />

território oriental, bem como parte da força naval. A permanência <strong>de</strong>stas forças também viabilizou<br />

a articulação da anexação da Banda Oriental ao Império Português, o que ocorreu em 21 <strong>de</strong> julho<br />

<strong>de</strong> 1821, quan<strong>do</strong> os representantes <strong>do</strong> território oriental reuniram-se em Assembléia, esta quase<br />

totalmente controlada pelo governo joanino, on<strong>de</strong> votou0se pela integração <strong>do</strong> território ao Reino<br />

<strong>do</strong> Brasil.<br />

Foram séculos <strong>de</strong> lutas até Portugal consolidar a margem norte <strong>do</strong> Rio da Prata como<br />

parte <strong>de</strong> seus <strong>do</strong>mínios. No entanto, quan<strong>do</strong> ocorreu a anexação D. João já se encontrava em<br />

Portugal, o que nos faz pensar sobre o peso que os interesses regionais, tanto das elites que<br />

residiam no Rio <strong>de</strong> Janeiro, como das elites e <strong>do</strong>s habitantes <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, tiveram sobre<br />

a integração da Banda Oriental.<br />

A INDEPENDÊNCIA BRASILEIRA, A FORMAÇÃO DA MARINHA DE GUERRA E O CONFLITO<br />

CISPLATINO<br />

Com a ruptura <strong>do</strong> Reino <strong>do</strong> Brasil com o Reino <strong>de</strong> Portugal temos a criação <strong>de</strong> um Esta<strong>do</strong><br />

brasileiro, aproveitan<strong>do</strong>-se da estrutura <strong>de</strong>ixada pelos portugueses, como por exemplo, os órgãos<br />

administrativos, cria<strong>do</strong>s após a chegada da Corte. Não foi diferente em relação à Marinha <strong>de</strong><br />

Guerra, após a migração da Corte, transplantaram-se para a colônia os principais órgãos<br />

administrativos 10 da marinha portuguesa, além <strong>do</strong>s navios <strong>de</strong> guerra.<br />

10 Dentre estes órgãos temos o Arsenal <strong>de</strong> Guerra, o Hospital Militar, os ministérios <strong>do</strong> Reino, da Marinha e<br />

Ultramar, Guerra e Estrangeiros, da Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> e Negócios da Marinha, <strong>do</strong> quartel general da<br />

Armada, da Intendência, da Aca<strong>de</strong>mia <strong>do</strong>s Guardas Marinhas, foram cria<strong>do</strong>s os serviços <strong>de</strong> conta<strong>do</strong>ria, a<br />

fábrica <strong>de</strong> pólvora. HISTÓRIA NAVAL BRAILEIRA. 3V. Tomo I. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Serviço <strong>de</strong> Documentação<br />

Geral da Marinha, 2002.

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