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Cuidados hospitalares para crianças - ICHRC

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TERAPÊUTICA ANTI-RETROVIRAL<br />

8.2 Terapêutica anti-retroviral (TAR)<br />

Os fármacos anti-retrovirais estão cada vez mais acessíveis, e têm<br />

revolucionado o tratamento da infecção VIH/SIDA. Não são a cura do<br />

VIH mas reduziram de forma dramática a mortalidade e morbilidade, e<br />

melhoraram a qualidade de vida de adultos e <strong>crianças</strong>. A OMS<br />

recomenda que em situações de recursos limitados, os adultos e as<br />

<strong>crianças</strong> infectados com VIH devem iniciar a terapêutica com ARV<br />

com base em critérios clínicos ou imunológicos, e segundo normas de<br />

tratamento padronizadas e simplificadas. A resistência a um ou dois<br />

fármacos isolados emerge rapidamente, e portanto a monoterapia está<br />

contra-indicada; de facto, recomenda-se o uso de um mínimo de três<br />

fármacos em combinação (em todos as situações). Embora surjam<br />

novos fármacos ARV no mercado, estes não estão frequentemente<br />

disponíveis <strong>para</strong> o uso em <strong>crianças</strong>, por falta de formulações ou dados<br />

relacionados às doses, ou pelos custos elevados. Como as <strong>crianças</strong><br />

com VIH fazem, com frequência, parte de uma família com um adulto<br />

com VIH, o acesso ao tratamento e a fármacos ARV tem de ser,<br />

idealmente, garantido <strong>para</strong> todos os membros da família, e se possível<br />

devem ser usados esquemas semelhantes. As combinações de dose<br />

fixa estão cada vez mais disponíveis, e são preferíveis <strong>para</strong> promover<br />

e manter a aderência à terapêutica assim como <strong>para</strong> reduzir o custo<br />

do tratamento. Frequentemente os comprimidos disponíveis não<br />

podem ser divididas em doses menores <strong>para</strong> <strong>crianças</strong> (menos de 10<br />

kg), e portanto são necessários xaropes/soluções e suspensões.<br />

Os princípios subjacentes à terapêutica anti-retroviral (TAR) e a<br />

escolha da TAR de primeira linha em <strong>crianças</strong> é, no geral, a mesma<br />

que <strong>para</strong> os adultos. No entanto, também é importante considerar:<br />

• Disponibilidade de uma formulação adequada que possa ser<br />

administrada em doses apropriadas;<br />

• Simplicidade do esquema de doses;<br />

• Sabor/paladar agradável e portanto aderência nas <strong>crianças</strong><br />

pequenas;<br />

• O esquema TAR que os pais ou tutores estão ou virão a tomar.<br />

As formulações adequadas a <strong>crianças</strong> não estão disponíveis <strong>para</strong><br />

alguns ARVs (sobretudo na classe de fármacos inibidores da<br />

protease).<br />

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