30.12.2014 Views

Untitled - Emerj

Untitled - Emerj

Untitled - Emerj

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

AÇÃO CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS. LEI MARIA DA PENHA (ART.<br />

147, DO CÓDIGO PENAL). MEDIDAS PROTETIVAS DE AFASTAMENTO<br />

DO LAR, DE APROXIMAÇÃO DA OFENDIDA E PROIBIÇÃO DE CONTATO<br />

DE QUALQUER NATUREZA. REQUER-SE LIMINARMENTE E NO MÉRITO,<br />

A REVOGAÇÃO DAS MEDIDAS PROTETIVAS DECRETADAS. ALEGA-SE A<br />

AUSÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS. RESTRIÇÕES IMPOSTAS QUE<br />

ESTARIAM IMPEDINDO O EXERCÍCIO PROFISSIONAL COMPLEMENTAR<br />

DO PACIENTE. SUSTENTA-SE QUE MERO RELATO DA VÍTIMA NÃO SERVE<br />

POR SI SÓ PARA EMBASAR O DECISUM PROTETIVO. MANUTENÇÃO<br />

DAS MEDIDAS PROTETIVAS. GRANDE VALIA DA PALAVRA DA VÍTIMA. CON-<br />

TRANGIMENTO ILEGAL NÃO CARACTERIZADO. ORDEM QUE SE DENEGA.<br />

(TJRJ. HC Nº 0058199-30.2011.8.19.0000 E 0018914-93.2012.8.19.0000 - DES. JOSÉ<br />

MUIÑOS PIÑEIRO FILHO - JULGAMENTO: 31/01/2012 - SEGUNDA CÂMARA<br />

CRIMINAL).<br />

Vistos, relatados e discutidos estes autos de HABEAS CORPUS n. 0058199-<br />

30.2011.8.19.000 e 0018914-93.2012.8.19.0000, em que figuram como impetrante<br />

a advogada V, como paciente X e como autoridade impetrada o Juízo de Direito<br />

do Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de<br />

Duque de Caxias, ACORDAM os Desembargadores que compõem a Segunda<br />

Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, por<br />

unanimidade, em denegar ambas as ordens, nos termos do voto do Relator.<br />

RELATÓRIO<br />

Cuidam as hipóteses de habeas corpus impetrados pela advogada V<br />

em favor X, onde se argumenta, em resumo, que o paciente está sofrendo<br />

constrangimento ilegal, por parte da autoridade judicial apontada coatora em<br />

vista da decretação das medidas protetivas constantes do art. 22, II e III, “a”<br />

e “b”, da Lei n. 11.340/2006, consistentes em afastamento do lar, proibição de<br />

aproximação da vítima a uma distância mínima de 200 (duzentos) metros e<br />

proibição de contato de qualquer natureza. Sustenta inexistir qualquer prova<br />

que fundamente as alegações da suposta vítima, o que acarretaria reputar-se<br />

de desmotivada a decisão atacada. Aduz, ainda, que poderão advir prejuízos de<br />

ordem material, não só para o Paciente, mas também para a suposta vítima e<br />

para as filhas do casal porque parte da subsistência da família advém do aluguel<br />

de espaço para a realização de festas, da oficina mecânica mantida pelo Paciente,<br />

além de aulas de natação e academia de ginástica, tudo localizado na residência,<br />

Direito em Movimento 291

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!