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o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

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1.2.5.3.2.4 As marcas <strong>da</strong> orali<strong>da</strong>de nos textos escritos<br />

100<br />

Brito (1997), quando discorre sobre as marcas <strong>da</strong> orali<strong>da</strong>de presentes nos<br />

textos dos alunos, observa que isso se dá pelo desconhecimento ou falta de domínio de<br />

certas construções do português escrito formal. Segundo ele, os procedimentos lingüísticos<br />

operados pelos alunos para construir seu texto, mesclando-se, ora uma construção mais<br />

formal, ora uma oral, têm a ver com as imagens que ele previamente construiu do seu<br />

interlocutor (a escola, o professor) e <strong>da</strong> língua culta. Sendo assim, diz:<br />

(...) a maior ou menor presença de ca<strong>da</strong> um desses procedimentos<br />

depende <strong>da</strong> maneira como o estu<strong>da</strong>nte recruta e opera com os<br />

vários recursos lingüísticos de que dispõe, bem como do tema,<br />

mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de re<strong>da</strong>cio<strong>na</strong>l, do momento e do lugar em que se escreve e<br />

<strong>da</strong> imagem do interlocutor. (op.cit.:125)<br />

Podemos destacar, também, que um dos grandes problemas de o aluno não<br />

se desvencilhar do uso de recursos <strong>da</strong> mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de oral em seus textos escritos, se deve ao<br />

fato de o professor não realizar ativi<strong>da</strong>des de análise lingüística e reflexão sobre a língua<br />

intentando mostrar-lhe as interferências <strong>da</strong> fala <strong>na</strong> escrita e, desse modo, não possibilitando<br />

a ele a identificação do que é usual em uma e outra.<br />

1.2.5.3.2.5 Outros problemas<br />

Como pudemos observar, as críticas não são poucas e, por si<strong>na</strong>l, não param<br />

aí. Temos, ain<strong>da</strong>, as críticas relacio<strong>na</strong><strong>da</strong>s à falta de um plano de curso seguro no que diz<br />

respeito ao <strong>ensino</strong> <strong>da</strong>s potenciali<strong>da</strong>des <strong>da</strong> linguagem.<br />

De tudo o que foi exposto, parece, então, que as falhas do “discurso” escrito<br />

do aluno, ou melhor, as estratégias para a confecção de seus textos acompanham e se<br />

adequam à artificiali<strong>da</strong>de do processo a que está exposto. Elas são cria<strong>da</strong>s a partir de<br />

modelos de discursos já formulados, prontos, e aceitos como ver<strong>da</strong>deiros, ou seja, o aluno<br />

reproduz a voz <strong>da</strong> escola que, aliás, o direcio<strong>na</strong> quanto ao modo de ver o mundo e de

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