08.05.2013 Views

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

134<br />

re<strong>da</strong>ção <strong>na</strong> escola. Melhor seria mostrar esse começo, meio e fim para que o aluno<br />

ultrapassasse os <strong>da</strong>dos abstratos que orientam a sua <strong>produção</strong>. A delimitação do número de<br />

quadrinhos (cinco), intenta seguir o modelo <strong>da</strong>s tiras do livro didático, porém, não se tem a<br />

certeza de que o aluno conseguirá desenvolver a sua história em tom humorístico em tal<br />

espaço. Essa delimitação leva-nos a pensar que se trata de um requisito puramente formal<br />

que se limita a seguir o modelo, o livro didático. Além do mais, achamos que o fato de se<br />

escolherem os perso<strong>na</strong>gens a serem incluídos <strong>na</strong> história, pode trazer algumas dificul<strong>da</strong>des<br />

aos alunos. Questões que deveriam ter sido pensa<strong>da</strong>s antes, como: “Será que o aluno<br />

conseguirá imagens que retratem a expressão fisionômica que se quer que o perso<strong>na</strong>gem<br />

tenha, de acordo com o fato a ser demonstrado? Será que as roupas utiliza<strong>da</strong>s pelos<br />

perso<strong>na</strong>gens serão adequa<strong>da</strong>s à situação que se quer retratar? E os gestos dos perso<strong>na</strong>gens,<br />

reforçarão o significado <strong>da</strong>quilo que o aluno quer dizer ou <strong>da</strong> atitude dos perso<strong>na</strong>gens?”<br />

Sem dúvi<strong>da</strong>, essa questões deveriam ser trabalha<strong>da</strong>s e exami<strong>na</strong><strong>da</strong>s atentamente <strong>na</strong> feitura<br />

dos textos.<br />

Outro fato relevante que merece atenção com relação à proposta, é o<br />

procedimento de se formarem equipes para a realização <strong>da</strong> tarefa. Pensamos que a<br />

professora iria propor uma ativi<strong>da</strong>de em grupos, isto é, que os alunos fossem criar, em<br />

grupos, os seus textos, a partir <strong>da</strong> troca de idéias. Porém, a forma de conduzir o processo,<br />

adota<strong>da</strong> pela professora, não foi uma saí<strong>da</strong> para tirar o aluno <strong>da</strong> condição de autor solitário<br />

favoreci<strong>da</strong> pelo trabalho de três componentes que iriam se juntar para produzirem um<br />

texto, conforme deu a entender quando ela mesma quis formar as equipes indicando quais<br />

os alunos se sentariam juntos. Os alunos ficaram lado a lado, mu<strong>da</strong>ram a posição habitual<br />

<strong>da</strong>s carteiras, porém, essa atitude não influenciou o trabalho a ser realizado. Tanto fazia se<br />

estivessem sozinhos ou de dois em dois ou de três em três, já que o texto era para ser<br />

produzido individualmente, sem a exigência <strong>da</strong> participação dos três alunos em uma<br />

situação de interação e esforço conjunto para a realização <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de.<br />

Podemos observar, ain<strong>da</strong>, que as condições de <strong>produção</strong> <strong>da</strong> história em<br />

quadrinhos é falha, considerando a ausência de um objetivo significativo para os alunos<br />

escreverem. O para que de se criar o texto, como se viu, se despe do sentido de uso <strong>da</strong><br />

língua enquanto prática social, uma vez que os alunos estão fazendo um texto porque a<br />

professora pediu, para que coloquem em prática o aprendido ou para que demonstrem que,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!