o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série
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mas que a seqüência forma uma historinha, um todo significativo. Esse fato, porém, não é<br />
comentado pela professora, deixando de ampliar, então, o entendimento <strong>da</strong>s futuras leituras<br />
que o aluno terá com este tipo de texto. Temos, ain<strong>da</strong>, a dizer que, embora a professora não<br />
tenha explorado devi<strong>da</strong>mente o conteúdo <strong>da</strong>s tiras e a apresentação <strong>da</strong> história em<br />
quadrinhos, não queremos insinuar que o procedimento invali<strong>da</strong> o esforço de se diversificar<br />
a entra<strong>da</strong> de diferentes textos em sala de aula. Sabemos que a escola deve propiciar ao<br />
aluno o contato com textos diversificados, e, entre eles, a história em quadrinhos, que faz<br />
parte <strong>da</strong> heterogenei<strong>da</strong>de de textos presentes <strong>na</strong>s práticas sociais. Porém, não basta abrir<br />
espaço, em sala de aula, para que entrem os diferentes discursos; é preciso, além de levar o<br />
aluno a reconhecer a sua especifici<strong>da</strong>de, como no caso - um texto <strong>na</strong>rrativo sob a forma de<br />
quadrinhos - , levá-lo a atribuir significados que extrapolem o texto lido, levá-lo a<br />
identificar as idéias básicas, levá-lo a identificar o contexto de sua <strong>produção</strong>, levá-lo a<br />
avaliar o seu nível argumentativo e a partir dele também argumentar, enfim, compreender e<br />
fazer uso de informações conti<strong>da</strong>s nesses textos, para que a partir do conhecimento vivido<br />
possa produzir outros textos.<br />
Vemos, portanto, que a situação didática apresenta<strong>da</strong> aqui, apesar <strong>da</strong> boa<br />
intenção de promover o acesso dos alunos com um texto que deve estar presente <strong>na</strong> sala de<br />
aula, provavelmente não os levará a se apropriarem efetivamente <strong>da</strong> linguagem escrita,<br />
usando-a futuramente como referência a estratégias para a construção de um texto dessa<br />
<strong>na</strong>tureza. Essa hipótese, no entanto, só poderá ser confirma<strong>da</strong> quando efetuarmos a análise<br />
vindoura <strong>da</strong>s histórias produzi<strong>da</strong>s pelos alunos.<br />
O procedimento acima descrito foi a base <strong>da</strong> primeira proposta de re<strong>da</strong>ção.<br />
2.1.1.1.2 Situação 2<br />
A professora inicia a aula pedindo aos alunos para que abram o livro <strong>na</strong><br />
pági<strong>na</strong> 67, <strong>da</strong>ndo seqüência, então à uni<strong>da</strong>de 4 do livro didático (anexo A). Após a leitura