08.05.2013 Views

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

o ensino/aprendizagem da produção textual na quinta série

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

O exemplo acima retrata a distinção de situações formais e informais e a<br />

adequação do discurso à situação em que nos encontramos. Isso nos leva a considerar que<br />

há um grande número de varie<strong>da</strong>des lingüísticas interliga<strong>da</strong>s aos diferentes contextos de<br />

<strong>produção</strong> do discurso. Uma forma de expressão ou outra, uma variante ou outra, portanto, é<br />

decorrente do contexto, com base <strong>na</strong> época ou grupo social dos falantes. É o que nos<br />

assevera Bakhtin (1997:147), quando observa o seguinte:<br />

34<br />

Se, em certas condições bem determi<strong>na</strong><strong>da</strong>s, uma forma qualquer se<br />

encontra relega<strong>da</strong> a segundo plano (...), isso testemunha então a<br />

favor do fato de que as tendências domi<strong>na</strong>ntes <strong>da</strong> compreensão e<br />

<strong>da</strong> apreciação <strong>da</strong> enunciação de outrem têm dificul<strong>da</strong>de em<br />

manifestar-se sob essas formas, pois estas últimas as freiam, não<br />

lhes deixando campo suficiente.<br />

Assim, no exemplo considerado, é possível percebermos que, a norma culta,<br />

em <strong>da</strong><strong>da</strong> situação de interlocução, é desprestigia<strong>da</strong> para, em seu lugar, sobressair a<br />

linguagem coloquial. As condições <strong>da</strong> comunicação sócio-verbal dos falantes integram o<br />

círculo <strong>da</strong>s variantes <strong>da</strong> língua, delimitando o horizonte lingüístico deles.<br />

Na reali<strong>da</strong>de, as situações <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> corrente e as relações sociais obrigam o<br />

uso ora de um discurso ora de outro. Ca<strong>da</strong> qual serve às necessi<strong>da</strong>des dos participantes do<br />

discurso. Desse modo, várias são as formas de expressão existentes <strong>na</strong> socie<strong>da</strong>de,<br />

relativamente aos grupos sociais ou às situações específicas: conversas entre marido e<br />

mulher, entre irmãos, entre amigos, entre <strong>na</strong>morados, entre pessoas que não se conhecem,<br />

entre operários, entre patrão e empregado, entre professor e aluno, entre homens de campo,<br />

etc.<br />

Muito se tem falado a respeito dos diferentes dialetos regio<strong>na</strong>is que<br />

encontramos no Brasil, (gaúcho, carioca, nordestino) e que, segundo Travaglia (1997:42),<br />

“representam a variação que acontece entre pessoas de diferentes regiões em que se fala a<br />

mesma língua” e dos dialetos sociais ( dialeto caipira, dialeto culto, dialeto popular e<br />

linguagem dos artistas, médicos, professores, gírias, etc), que, segundo o mesmo autor<br />

(p.45), “representam as variações que ocorrem de acordo com a classe social a que

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!